O grupo Novo Mundo, a maior rede goiana no comércio varejista, com 143 lojas no País, teve faturamento de R$ 1,3 bilhão no ano passado, um crescimento de 10% em relação a 2020. O Ebitda, principal indicador da saúde financeira de um negócio, saltou de 8% para quase 12%. Na Região Centro-Oeste, a empresa goiana concorre diretamente com grandes redes nacionais, como Magalu, Via e Havan.
“Nunca tivemos resultados tão expressivos”, disse o presidente-executivo José Guimarães para a revista Exame. Ele assumiu o comando da rede goiana em outubro de 2019, depois de quase 15 anos atuando na concorrente Ricardo Eletro. É também o primeiro CEO de fora da família Martins Ribeiro, fundadora do grupo em 1956, a partir de uma pequena loja na Avenida Anhanguera.
O executivo afirmou que o crescimento do faturamento do Novo Mundo se deve, principalmente, à aposta de investir mais nas vendas pela internet, num processo de integração entre canais físicos e digitais que teve início há seis anos na empresa. Quase 40% das vendas no ano passado foram realizadas pelos canais digitais.
Os vendedores passaram a cuidar de todo o processo de venda ao cliente, desde o primeiro atendimento até a entrega. “Hoje o vendedor é responsável pela jornada completa do cliente nas nossas lojas”, afirmou Guimarães.
O processo começou no início da pandemia da Covid-19 no Brasil, que fechou lojas físicas e fez saltar as vendas pelos canais digitais. Isto também acelerou a implantação da nova cultura no Novo Mundo.
A rede goiana também passou a mudar o perfil dos seus vendedores, empregando profissionais mais jovens, especialmente os recém-formados em escolas públicas e que estavam em busca do primeiro emprego. Foram mais de 1 mil universitários contratados.
Os investimentos realizados, incluindo mudanças de layout em todas as lojas (ainda em curso), demandaram investimentos de R$ 50 milhões do grupo. A meta do Novo Mundo é abrir mais 30 lojas no País, especialmente na Região Nordeste. (Empreender em Goiás)