Brasil, 23 de novembro de 2024
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Goiás

Alego investe em TI para agilizar trabalho parlamentar

Publicado em atualizado às 14:51

Durante o ano de 2021, a Assembleia Legislativa de Goiás implantou diversos projetos de Tecnologia da Informação para qualificar e agilizar os trabalhos da Casa de Leis.

De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação, Fagner Gonçalves, foi adotado como modelo de governança de TI a metodologia de Gerenciamento de Projetos V.4, por meio da Assessoria Adjunta de Gerenciamento de Projetos, utilizando como referência o guia PMBOK.  “A DTI utiliza como apoio diversas outras ferramentas que contribuem para a gestão e governança, como o Sistema de Gestão de Suporte aos Usuários (GLPI), Sistema de Demandas e Projetos (Redmine), Dashboards de Gerenciamento utilizando o Powe BI, Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) e Política de Segurança da Informação”, explicou Fagner.

Outro projeto que a TI aplica na Assembleia Legislativa é o Dashboard de Gerenciamento que, segundo Fagner, teve como escopo a criação de um Dashboard com indicadores e informações sobre o andamento de todos os projetos e demandas executadas pela equipe da Assessoria Adjunta de Desenvolvimento de Sistemas.

“O painel de indicadores tem como objetivo principal ser uma ferramenta de monitoramento e controle das tarefas. No painel, é possível verificar a previsão de entrega, situação atual, equipe responsável, servidor responsável, percentual concluído entre outras informações relevantes ao gerenciamento das atividades em desenvolvimento”, tratou.

Planejamento Estratégico

Ainda em 2021, a Diretoria de TI promoveu o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI), que é um processo gerencial o qual considera as condições internas e externas às organizações e suas evoluções esperadas.

Segundo Fagner, ele pode ser utilizado para facilitar a tomada de decisão da organização no que tange à tecnologia. “É a partir do planejamento estratégico em TI que são alinhados, com toda a equipe, os objetivos de negócio com os recursos de tecnologia, identificando-se as oportunidades de melhoria a partir de novas ações. Ao planejar estrategicamente a TI, conseguimos ir além de apoiar as necessidades dos usuários: ela passa a ter a infraestrutura tecnológica como uma aliada para criar soluções e tornar o negócio ainda mais competitivo”, ressaltou o diretor.

O documento apresenta a estratégia de TI e seu alinhamento com o Planejamento Estratégico da DTI da Alego, tendo como finalidade orientar o planejamento e o monitoramento dos objetivos estratégicos de TI e de suas respectivas metas, de maneira a consolidar a importância estratégica da área de TI e garantir seu alinhamento e contribuição às áreas finalísticas da Instituição.

Ainda de acordo com o diretor da TI, o PETI teve validade até 2021, em alinhamento com o período de vigência e eleições para a Presidência e Mesa Diretora da Alego. Entretanto, “o documento poderá ser revisado sempre que necessário, desde que seja aprovado pela DTI.”

Segurança da informação

No âmbito da segurança da informação, Fagner conta que foram coordenadas atividades de conscientização por meio de campanhas divulgadas de forma semanal e por canais acessíveis a todos os colaboradores. “Também houve a gestão contínua de ameaças por meio de tecnologia específica para tal fim, fazendo o controle de aplicações e filtros de conteúdo web acessado pelos colaboradores com o intuito de restringir conteúdo impróprio, garantindo segurança e economia no uso racional da banda e links de Internet. Isso permitiu manter longe da rede corporativa a maioria das ameaças em atividade no complexo e hostil ambiente da rede mundial”, detalhou.  

Além disso, houve a gestão de vulnerabilidades de sistemas, servidores e dos acessos remotos providos aos colaboradores com o auxílio de ferramenta antimalware, conhecida popularmente como antivírus, instalada em todo parque computacional da Casa de Leis.

Por meio da seção de Segurança da Informação, subordinada à Diretoria de Tecnologia da Informação, foram concedidos acessos remotos com as devidas permissões devido a restrição presencial de colaboradores nas dependências do Legislativo, viabilizando o início do teletrabalho, pois a partir de conexões VPN (Virtual Private Network) foi possível prover acesso seguro aos dispositivos pessoais utilizados pelos colaboradores, concedendo acesso estável aos recursos computacionais disponibilizados pela Alego.

Fagner sustenta que, para uma atuação mais efetiva, a seção de Segurança da Informação atuou sempre em sinergia com a Assessoria Adjunta de Infraestrutura e a seção de Suporte ao Usuário no que diz respeito à segurança das estações de trabalho e alinhamento das regras de uso de recursos e sistemas da Alego. “Atualmente, a Política de Segurança da Informação está em revisão para posterior aprovação pelas autoridades superiores”, contou.

Atuação no novo cenário de pandemia 

A pandemia de covid-19 trouxe diversos desafios para a Casa de Leis e a DTI teve de se reinventar para atender as necessidades e demandas do novo cenário. Fagner destacou, entre as ações dos servidores da TI: o teletrabalho, as sessões legislativas remotas e a integração de serviço como TV e Audiofonia.

Sistema de Deliberação Remota (SDR)

Ele explica que o Sistema de Deliberação Remota (SDR) foi implantado para ser utilizado na execução das sessões plenárias e reuniões das comissões desde o mês de abril de 2020. O modelo tecnológico começou a operar no início de abril do ano passado, poucos dias após os trabalhos presenciais terem sido suspensos por meio de um decreto da Presidência da Casa.

O SDR é uma solução tecnológica que viabiliza a discussão e a votação de proposituras na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e nas sessões conjuntas das duas Casas. “Esse sistema voltado ao uso da tecnologia para as sessões remotas foi implantado na Alego, por meio de parceria firmada com o Senado. Em seguida, a experiência foi adequada aos softwares e às soluções já utilizadas pela Alego. A adoção da plataforma virtual de trabalho permitiu aos parlamentares a continuidade das atividades durante o período de pandemia de forma célere e segura, por meio das votações virtuais de matérias de extrema importância ao enfrentamento da covid-19 em Goiás”, disse Fagner Gonçalves.  

Basicamente, o sistema de votação remota funciona da seguinte maneira: o parlamentar entra com um login e senha e sua presença é registrada. Quando os projetos de lei são lançados no painel de votação, por um circuito fechado e seguro, eles aparecem para os deputados por meio do dispositivo que eles estiverem acessando, seja pelo celular ou computador. Por meio desse dispositivo é possível ver o tipo de matéria que está sendo apreciada naquele instante e aparece as opções de votação ‘Sim’, ‘Não’ e ‘Abstenção’. O sistema ainda contempla as votações secretas.

Sistema de Emendas Parlamentares (SEP)

Antes da implantação do SEP, cada parlamentar preenchia um formulário em papel. Agora, explica Fagner, “as emendas são preenchidas no Sistema de Emendas Parlamentares (SEP) por meio de assinatura digital, uma plataforma on-line desenvolvida pela DTI, após solicitação da equipe técnica da Comissão de Finanças.”

Integração da TI, Audiofonia e TV

Foi necessário adequar e integrar as soluções de TI com o sistema de audiofonia e TV da Casa. O mecanismo implantado para contribuir com a realização dos trabalhos do Plenário é corporativo e restrito, ou seja, somente pessoas credenciadas que pertencem à organização da Assembleia podem acessar.

O diretor conta que, quando as sessões híbridas tiveram início, foi necessário realizar algumas mudanças no sistema de deliberação remoto. “A DTI teve de se alinhar com a seção de Audiofonia e a TV da Casa. Foi realizado um trabalho em parceria e sinergia para permitir o envio do sinal do sistema de videoconferência por meio da audiofonia e, assim, esse sistema de áudio pudesse distribuir para a TV Alego. Com isso, seria possível a TV Alego fazer a mixagem da câmera que está ao vivo, gravando as pessoas que estão presentes na sessão e na Casa”, tratou.

A dinâmica das sessões híbridas funciona da seguinte forma: parte dos parlamentares trabalha de forma presencial e outra parte continua atuando em suas residências ou gabinetes, por meio de sistema remoto. Cabe a cada parlamentar escolher uma dessas opções para participar das sessões plenárias, bem como das reuniões das comissões permanentes.

Suporte técnico

A DTI designou uma equipe de suporte técnico especializado para as sessões híbridas, pois são processos exigentes e complexos que demandam mão de obra qualificada e capacitada para a perfeita operacionalização do sistema. Durante as sessões híbridas, são necessários, em média, 20 técnicos de suporte de TI para auxiliar os deputados, assessores e os que estão on-line e presentes, além da equipe que fica no plenário auxiliando a Mesa Diretora, os parlamentares e os servidores que cuidam da integração de áudio e TV.

Ativos de rede, links de internet e hiperconvergência

Para viabilizar a operacionalização das sessões híbridas, a equipe de TI implantou uma solução de Hiperconvergência no Data Center – complexo de serviços tecnológicos que foram liberados instantaneamente. Além de outros recursos que são exigidos para uma perfeita transmissão.

A solução de hiperconvergência visa prover uma infraestrutura hiperconvergente de alta disponibilidade, integrando computação e armazenamento em clusters com ponto único de gerência. O modelo de infraestrutura atual encontrado no Datacenter da Casa de Leis envolve uma solução de armazenamento centralizado, servidores em rede interligando os componentes e embora esse cenário esteja consolidado, ele apresenta desafios para quem o gerencia, principalmente em relação ao armazenamento de dados.

“A aquisição dos equipamentos e a contratação de suporte técnico e treinamento visam atender a uma necessidade por atualização e expansão da rede instalada, os quais permitirão melhor desempenho dos serviços oferecidos pela estrutura de Tecnologia da Informação. A solução contratada é dotada de recursos tecnológicos avançados que proporcionam um melhor ambiente de trabalho para os servidores”, afirma o diretor.  

Ele informa, ainda, que também foi expandido toda a parte tecnológica de infraestrutura de rede, por meio de equipamentos chamados Switches – concentradores de internet e, também, de rede Wi-Fi dentro do plenário Getulino Artiaga. “Por fim, houve, ainda, a disponibilização de uma considerável banda de internet nos links para os períodos das sessões, mitigando riscos de paralisações, indisponibilidade e lentidão da transmissão, garantindo o bom andamento dos trabalhos e votações”, elucidou.