Após dois anos de agendas conjuntas, elogios e afagos, o governador Ronaldo Caiado (UB) retomou discurso de 2019 e voltou a atacar a distribuidora de energia Enel, principalmente depois da notícia de que a italiana pretende vender, antes do fim do contrato, a antiga Celg-D.
As críticas foram retomadas com mais intensidade na última noite, durante reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília. Acompanhado por deputados federais, Caiado tratou sobre as condições da concessionária e apontou que a situação é “insustentável”.
“Como uma empresa como a Enel pode alegar que não tem conhecimento da legislação brasileira?”, questionou o governador. “Eles estão agindo na clandestinidade”, apontou, ao citar a falta de transparência, até mesmo, junto aos órgãos de controle, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Caiado repetiu ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, os questionamentos sobre negociações realizadas pela companhia italiana para a venda da distribuidora em Goiás.
O governador defendeu a participação no processo de transferência de controle, para dar mais transparência e não perder de vista a atenção às carências do setor em Goiás. “Vamos continuar essa luta naquilo que tem sido o gargalo do crescimento de Goiás que é o fornecimento de energia elétrica. Goiás hoje não consegue crescer mais porque não tem oferta de energia elétrica”, enfatizou. Para Caiado, o desempenho da empresa está abaixo das metas e exigências de contrato, com “prejuízos diários” em todos os segmentos da economia e ao cidadão comum. (Sagres em OFF, Rubens Salomão)