Em franca campanha para conquistar a empatia do eleitor de Goiás e se viabilizar como candidato minimamente competitivo ao Senado, o empresário Alexandre Baldy, presidente do partido Progressistas, disse em entrevista à rádio Sagres que, assim como todo goiano, enfrenta problemas “no dia a dia” com a Enel, empresa que cuida da distribuição de energia elétrica no Estado.
Embora seja verdade que a relação de consumo da população de Goiás com a Enel tenha sido a pior possível nos últimos anos, também é verdade que Baldy não tem legitimidade para opinar sobre isso. Nos últimos anos, o ex-deputado só pisou em solo goiano para visitar parentes e para acompanhar investimentos milionários que tem aqui (em especial, em Anápolis).
Em novembro de 2017, Baldy foi nomeado ministro pelo ex-presidente Michel Temer. E logo depois que deixou a Esplanada dos Ministérios, assumiu o cargo de Secretário dos Transportes do governo… de São Paulo, onde ficou até outubro do ano passado. Portanto, foram no mínimo quatro anos sem saber de verdade o que se passava em Goiás.
“Nós vivenciamos o dia a dia dos serviços prestados pela Enel, sabemos que é quase impossível a gente expandir negócios e investimentos por conta das limitações da rede elétrica”, disse Baldy na entrevista. “A conversa é sempre a mesma”. O pré-candidato a senador afirma que trabalha junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para viabilizar a venda dos ativos da distribuidora para um investidor que esteja interessado.
