Maio marca o início da contagem regressiva de seis meses para a eleição. E, diferente do que ocorre na maioria dos casos, o governador Ronaldo Caiado (UB) alcança a reta final sem o desgaste que, em tese, ele deveria enfrentar após três anos e quatro meses de mandato.
Com 37,1% na última pesquisa do instituto Serpes, Caiado hoje é opção de voto para 1,7 milhão de goianos. Em 2018, ele foi eleito no primeiro turno com 1,78 milhão. Péssimo sinal para adversários que defendem uma plataforma de ruptura, como Major Vítor Hugo (PL) e Gustavo Mendanha (Patriota).
No momento, a população os enxerga como ameaça às conquistas alcançadas em anos recentes. E não como instrumentos de algum tipo de mudança que seja benéfica para Goiás, como tentam vender.
No último sábado, Caiado deu uma expressiva demonstração de força em encontro que reuniu partidos e prefeitos aliados em Quirinópolis, região sudoeste do estado. Estima-se que mais de 100 prefeitos tenham participado do evento, além de representantes de 12 legendas aliadas. Na primeira edição do evento, a organização fechou o número em 116 prefeitos presentes.
Só será possível tomar medida exata do tamanho do exército eleitoral do governador nas convenções, em julho. Mas já se sabe que a ampla maioria das forças políticas de Goiás marchará com ele. Sobrarão migalhas a serem divididas entre Gustavo e Vítor Hugo. Se reinasse um desejo coletivo de mudança, o cenário não seria esse.
