Brasil, 25 de novembro de 2024
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Fachin responde Bolsonaro e rejeita intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral

Publicado em atualizado em 01/05/2022 às 10:29

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a reforçar a segurança do processo eleitoral no Brasil e disse que não vai aceitar uma intervenção das Forças Armadas nas eleições.

As afirmações, dadas em entrevista coletiva concedida no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, serviram como uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, na quarta-feira, voltou a levantar suspeitas infundadas sobre o assunto. 

— Para sugestões, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição, para intervenção, jamais — disse Fachin, sobre as Forças Armadas.

Ainda segundo o ministro, há uma “preocupação imensa” com a garantia de segurança para o processo eleitoral, o que envolve não só a prevenção a ataques cibernéticos, por exemplo, mas também a integridade física de mesários e eleitores. 

— Vamos atuar de maneira preventiva para que não haja incitação a um ambiente beligerante na sociedade, e onde houver, temos que levar diálogo e bandeira da paz. Não há outro caminho fora da democracia, que é um canteiro de obras que tem sons altos, ruídos — destacou. 

Ainda sobre os militares, Fachin destacou a importância das Forças Armadas para as eleições, com um histórico de cooperação especialmente na área logística, com o transporte das urnas eletrônicas, por exemplo. Além disso, as Forças Armadas fazem parte da Comissão de Transparência Eleitoral, criada pelo TSE como forma de ampliar a segurança do processo eleitoral. A cooperação também foi motivo de elogio do magistrado, que afirmou que o diálogo com o representante militar no grupo tem “sido frutífero”, inclusive com sugestões acatadas pela Corte eleitoral. 

Nesta quinta, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestaram em defesa do processo eleitoral. A sintonia em torno do tema foi fruto também de conversa com o próprio Fachin, mais cedo, no mesmo dia. Conforme O GLOBO apurou, o papo aconteceu por telefone. Em seguida, nas redes sociais, Pacheco ressaltou que as urnas eletrônicas são “confiáveis” e que a Justiça Eleitoral é “eficiente”, enquanto Lira destacou que o “processo eleitoral brasileiro é uma referência”.