Brasil, 20 de setembro de 2024
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Em Trindade, Prefeitura reestrutura atendimento na UPA para socorrer explosão de casos suspeitos de covid, influenza e dengue

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Trindade está sofrendo, ao mesmo tempo, aumento nos casos de Covid-19, um surto de H2N3 e casos de Dengue voltando a surgir. Tudo isso causou uma explosão no número de pessoas com sintomas dessas doenças procurando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dilson Alberto de Souza, no Setor Cristina. A Prefeitura de Trindade reagiu reestruturando o atendimento na unidade.

A triagem e a testagem foram ampliadas com a instalação de tendas externas. O número de médicos passou de 4 para 6 por plantão. Já as equipes de enfermagem foram duplicadas.

De uma média de 200 atendimentos por dia, antes de 22 de dezembro, a UPA saltou para quase 600 pessoas atendidas em 24 horas, na segunda-feira, 03/01. Nos testes realizados, cerca de 20% foram positivos para Covid-19, sendo a maioria com sintomas leves.

Desde terça (04/01), os pacientes estão sendo triados também em tendas, onde é realizada a testagem nos casos necessários, com o resultado saindo ainda com o paciente nesses espaços.

Os pacientes passam por consulta com um médico também do lado de fora da UPA, tudo para dar agilidade e reduzir a circulação de pessoas que possam estar contaminadas com doenças respiratórias contagiosas.

Nos casos em que é necessário ministrar medicação, isso ocorre em um corredor que faz a conexão entre as áreas externa e interna para evitar ao máximo que casos de menor urgência acessem o interior da unidade, mas pacientes também estão sendo encaminhados para outros consultórios médicos dentro da UPA.

Do lado externo, biombos e cadeiras demarcadas foram usadas para separar as pessoas, assim como bebedouros e equipamentos de ventilação estavam sendo colocados na manhã desta quarta.

Pacientes com Influenza ou Dengue estão recebendo hidratação e outros medicamentos dentro da UPA. Também cresceu número de pacientes com as síndromes típicas do período chuvoso como sinusite e rinite.

O secretário de Saúde de Trindade, Rogério Taveira, explica que a vacinação foi preponderante para que os casos confirmados de Covid-19 tenham apresentado sintomas leves. “A vacina é uma arma na mão da população”, compara ele.

Por outro lado, cita, o grande contágio é um sinal de redução das medidas de prevenção como o uso de máscaras faciais, aglomerações e falta de usar álcool 70%, tudo isto diante de uma cepa de coronavírus mais contagiosa.

De acordo com o secretário, para responder à alta na demanda, será necessário à Prefeitura rever também a testagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Isto porque atualmente os testes de Covid-19 estavam ocorrendo na UPA, exclusivamente para pacientes da unidade, e em pessoas que procuravam o Parque Lara Guimarães, onde funciona o maior posto de testagem em Trindade.

Até que as UBSs estejam testando, ele orienta pessoas com os sintomas da Covid-19 que procurem locais de testagem, agendando pelo aplicativo “Trindade com Você” ou no pronto-atendimento da UPA. Assim que o esquema de testagem nas UBSs estiver funcionando, estas pessoas devem procurar a unidade mais próxima de casa, deixando a UPA para os casos mais graves.

Segundo ele, a expectativa é que ainda esta semana a testagem já seja realizada nas UBSs. Rogério Taveira explicou que o Serviço Epidemiológico da secretaria notificou o acréscimo de quase 20% de casos positivos para Covid-19 na testagem. São analisados relatórios diários dos fluxos de atendimento na rede municipal de saúde.

“Estamos vivendo um surto de H2N3, aumento nos casos de Covid-19, a circulação da cepa Ômicron e a Dengue voltando. Protejam-se”, alerta o secretário.

Segundo a diretora administrativa da UPA Dilson Alberto de Souza, a enfermeira Josiane Fernando Macedo de Oliveira, nesta quarta-feira (05/01), apenas três pessoas ficaram internadas com Covid-19 na UPA, onde o último óbito relacionado à doença ocorreu há mais de um mês.

Mas ela destaca que a alta demanda registrada nos últimos dias exigiu adaptações ao chamado Protocolo de Manchester (método de avaliação de riscos) para socorrer a população que está buscando a unidade.

“Estamos revendo o fluxograma de atendimento e também estamos com 100% das alas da UPA funcionando plenamente para garantir que todos que nos procurem sejam atendidos, mesmo que demore devido a esse pico estrondoso”, informa ela.