Um dos políticos mais experientes da atual legislatura da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Santana Gomes (PRTB) deu uma bela lição em colegas que andam armados na Casa, na sessão da última quinta-feira (8): “A arma que deve ser usada em plenário é a da fala, da voz, das propostas. Nenhum parlamento permite isso”.
Foi um recado principalmente para o vereador Sargento Novandir, que semanas atrás colocou a arma sobre o parlatório enquanto subia o tom para falar com alguns de seus pares. Em outra ocasião, Novandir se dispôs a trocar tiros com qualquer outro vereador que quisesse enfrentá-lo.
Mas não é só ele. A vereadora Gabriela Rodart (DC) também é a favor do uso de armas no plenário.
O projeto (de autoria do vereador Ronilson Reis) proíbe o porte de armas de fogo nas seguintes dependências da Câmara: plenário, auditórios, gabinetes, salas, corredores, estacionamento e nos veículos em trânsito, estacionados ou parados. O porte fica permitido para agentes de segurança pública, guardas municipais a serviço do Poder Legislativo e agentes de segurança privada contratados pela Casa. A quem descumprir as regras, o projeto determina penalidades – advertência, suspensão por 30 dias sem remuneração e demissão, em caso de servidor público; e perda de mandato, se for parlamentar (nova reincidência).
O texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e seria analisado nessa quinta, em primeira votação no plenário – o que não aconteceu por falta de quórum.