Morreu na última quinta-feira (8) o único brasileiro sobrevivente do Holocausto, Andor Stern, aos 94 anos. A notícia foi divulgada pela família nas redes sociais. A causa do falecimento não foi informada.
“Nossa família agradece desde já por todas as mensagens de apoio e palavras de carinho. Andor dedicou grande parte de seu tempo às suas palestras sobre o Holocausto, ensinando os horrores do período para que não se neguem nem se repitam, e motivando as pessoas a valorizarem e agradecerem a vida e a liberdade. O carinho de vocês sempre foi muito importante para ele”, escreveu a família.
Stern nasceu em São Paulo e se mudou para Hungria ainda criança, com os pais. Depois de uma infância comum, ele foi surpreendido em 1939 com a invasão de Hitler à Polônia e o início da Segunda Guerra Mundial. Devido à parceria do Brasil com a coalizão dos Aliados, Stern foi considerado inimigo de estado e entregue às autoridades húngaras.
Em 1944, ele, sua mãe, seus avós, seu tio e sua tia grávida foram levados para Auschwitz no mesmo trem, entretanto foram separados quando chegaram no campo de extermínio, em que todos da família foram mortos na câmara de gás, exceto Stern, que tatuou os números que o identificavam no campo de concentração: 83892.
Em 1945, Stern conquistou sua liberdade novamente após o fim da guerra. Viveu mais três anos na Hungria e retornou para o Brasil.