O presidente da Fieg, Sandro Mabel, esteve em reunião nesta quarta-feira (06/04), com o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Durante o encontro, Sandro destacou as principais demandas do setor produtivo, principalmente a necessidade de se estabelecer uma política industrial no estado e no país.
“Goiás tem perdido a concorrência para outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, principalmente, Minas Gerais que está atraindo várias indústrias do nosso estado. Poucas empresas vêm para Goiás, que deixou de ser atrativo. Além disso, as indústrias que estão aqui estão indo embora, porque com o aumento do Fundo Protege nós tivemos um desestímulo dos incentivos fiscais para o setor produtivo, enquanto outros estados têm oferecido algo melhor. Nós estamos vendo a cadeia de todos os grãos e do leite indo embora, e isso é muito triste”, enfatizou.
Sandro também demonstrou a necessidade de industrializarmos grãos que poderiam gerar cerca de meio bilhão de reais de salários para trabalhadores e mais de R$1,2 bilhão de impostos sobre o produto in natura.
“O valor seria agregado dentro do nosso Estado e serviria, inclusive, como refúgio de caixa para que pudesse abaixar o valor do programa Protege que o governador Ronaldo Caiado implantou penalizando as empresas em 16,5% o que dá quase 3 bilhões por ano. Dinheiro retirado do possível investimento que as empresas fariam no Estado de Goiás e gastos em alguns programas que são justificados. Isso acabou banalizando o uso do Protege”, salientou.
O diretor da Fieg apresentou, ainda, um programa forte de treinamento realizado pelas escolas Sesi e Senai para os trabalhadores goianos, em que nos próximos quatro anos será investido meio bilhão de reais.
“Esse investimento em educação tem como objetivo melhorar a formação de mão de obra para atrair novas indústrias com incentivos. Oferecemos o ensino Sesi e Senai ao ex-prefeito, Gustavo Mendanha, para que ele possa criar um programa de reindustrialização do Estado de Goiás e acabar de vez com a desindustrialização que estamos vivendo aqui”, completou.
