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Sindicatos industriais são a alma da Fieg, diz Sandro Mabel

Publicado em atualizado em 07/04/2022 às 08:58

Por sua história como líder empresarial e atuação parlamentar, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai, Sandro Mabel, foi o convidado especial da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para participar de videoconferência promovida, segunda-feira (04/04), sobre associativismo, no âmbito do Ciclo de Formação de Lideranças.

Dedicado ao empreendedorismo, o programa de desenvolvimento e capacitação de jovens do Sistema Findes/Cindes (Centro da Indústria do Espírito Santo) tem como objetivo formar líderes com potencial de influenciar na melhoria do ambiente de negócios e comprometidos com o desenvolvimento da indústria.

Durante o encontro, Sandro Mabel relatou sua trajetória na área sindical, que teve início logo cedo, na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), entidade que ajudou a fundar e foi seu primeiro presidente. “Foi por meio da Aciag que conseguimos benefícios importantes para a região, tanto de infraestrutura como asfalto, transporte público, quanto em políticas de incentivo à produção industrial. Também dirigi o Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás (Siaeg), por quase 20 anos”.

O líder classista destacou a importância dos 35 sindicatos industriais em Goiás como forma de sustentabilidade para o Sistema Fieg. “Os sindicatos industriais constituem os pilares, a alma da Federação, que aposta no associativismo como organismo vivo capaz de promover a sustentabilidade de todo o Sistema Indústria”, disse.

Por isso, citou o aprimoramento do associativismo como bandeira estratégica à frente da Fieg. “O maior desafio é elevar o patamar de atuação do Sistema Indústria, cooperar com os sindicatos de nossa base para que prestem um serviço de excelência e, consequentemente, aumentar o número de empresas filiadas, para termos cada vez mais voz”, disse.

Sobre as mudanças ocorridas na Reforma Trabalhista e sua influência no funcionamento dos sindicatos, Sandro Mabel disse que por causa das modificações, diversas entidades acabaram fechando. “O advento da Reforma Trabalhista trouxe como efeitos colaterais uma ruptura com o Sistema até então existente, impondo uma nova realidade na qual aquele sindicato que não se profissionalizar simplesmente deixa de existir. Foram mudanças disruptivas para o movimento sindical brasileiro e que comprometeram a sustentabilidade financeira das entidades representativas, sobretudo ao decretar o fim da contribuição compulsória”, afirmou.

Desindustrialização

O presidente da Fieg abordou também a desindustrialização no País, um fenômeno que vem crescendo ao longo dos anos e gerando forte impacto no setor produtivo. Ele centrou suas críticas na exportação de produtos in natura produzidos em Goiás e no Brasil, sem agregação de valores e, consequente, desvalorização da matéria-prima. A falta de incentivos por parte do governo estadual acarretou, segundo reiterou, no fechamento e/ou na mudança de indústrias de Goiás para outros Estados. Para reverter esse quadro, Sandro Mabel destacou a forte mobilização da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, ao defender a adoção de políticas públicas capazes de manter a economia girando no Estado.

“Temos defendido uma reforma tributária justa, políticas de incentivos fiscais que atraiam indústrias e que tornem nosso mercado mais competitivo, assim como políticas de industrialização de grãos e de minérios, em vez de incentivos para exportação in natura de nossas matérias-primas. Tudo isso gerando empregos, oportunidades, fomentando o comércio e fazendo a economia girar e se desenvolver. É uma relação em que todos ganham”.

Sandro Mabel destacou, ainda, o investimento realizado pelo Sistema Fieg, em parceria com o Sebrae, a fim de fomentar a evolução das pequenas e médias empresas goianas. “Num investimento de R$ 1 milhão, estamos envidando esforços conjuntos em busca de alternativas para maior desenvolvimento dos pequenos negócios, que constituem a maioria das empresas de nossa base, os quais serão beneficiados com cursos, mentorias e capacitações diversas”, disse.

Educação do futuro

O dirigente da indústria goiana falou ainda sobre a estratégia de direcionar a educação básica e profissional ao mundo do trabalho e ao avanço tecnológico, por meio de grandes investimentos nas unidades do Sesi e Senai, sobre a criação pela Fieg do Conselho Pensadores da Educação do Futuro para alavancar a corrida da Indústria 4.0. “Para que possamos formar os campeões da 4ª Revolução Industrial, a Indústria do futuro, a Fieg acaba de instalar o Conselho Estratégico Pensadores da Educação do Futuro, um movimento inédito no Sistema Indústria, destinado a ancorar as ações de educação básica, profissional e tecnológica do Sesi e Senai voltadas para o desenvolvimento de competências que serão exigidas pelas profissões do futuro, uma perfeita assimilação da Indústria 4.0, que revoluciona processos produtivos no mundo inteiro”, destacou.