Para a próxima safra de cana-de-açúcar, que começa já na primeira quinzena de abril, 37 usinas sucroenergéticas goianas estão gerando cerca de cinco mil novas vagas de emprego. O setor de produção de etanol, açúcar e bioeletricidade está entre as maiores empregadoras em Goiás. Ao todo são gerados cerca de 50 mil empregos diretos e 250 mil indiretos.
No entanto, nem todas as vagas são preenchidas, devida a falta de qualificação. Diante disso, as usinas fazem parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Goiás para tentar reverter este cenário.
“Criamos mais de 23 cursos de eletricistas em parceria com a Enel, no maior programa de qualificação de empresa. O Senai está preparado para aumentar a oferta especifica de cursos para o setor, a partir da demanda da indústria”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel.
São em torno de 500 matrículas ano em cursos de curta, média e longa duração. Curso técnico em química, de açúcar e álcool, auxiliar de produção em açúcar e álcool, operador de processos de produção, operador de tratamento de águas e efluentes auxiliar de laboratório. Todos nas unidades Senai de Anápolis, Itumbiara, Rio Verde, Quirinópolis, Catalão, Jataí e Mineiros.
“O Senai está com unidades bem estruturadas para atender o setor sucroalcooleiro nos principais polos educacionais, ofertando cursos técnicos, inclusive com centro de treinamento para melhor qualificação. Além das unidades fixas temos também as unidades móveis que vão até as empresas qualificar os trabalhadores. A Fieg através do Sesi, pode também colaborar com as empresas do setor sucroalcooleiro ofertando a educação básica na modalidade EJA, inclusive EJA Profissionalizante em parceria com o Senai”, informou o superintendente do Sesi e Diretor Regional do Senai, Paulo Vargas.
Além de atender as empresas com a educação básica, o Serviço Social da Indústria (Sesi) oferece ao setor produtivo ações de saúde e segurança, como: odontologia, vacinação e muito mais.
Empregabilidade
De acordo com levantamento feito pelo Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg) e pelo Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás (Sifaçúcar), que são os sindicatos que representam as usinas instaladas no estado, o setor paga R$ 12,3 milhões diariamente em salários para colaboradores, encargos e pagamentos para parceiros agrícolas e fornecedores de cana.
“O setor sucroenergético sempre esteve entre os que mais investem em Goiás, gerando emprego e renda, praticando políticas sociais amplas e ajudando a promover o crescimento sustentável do interior goiano”, afirma o presidente-executivo do Sifaeg/Sifaçúcar, André Rocha. Só na renovação de canaviais das usinas são investidos anualmente mais de R$ 2 bilhões.
O executivo cita ainda que, de acordo com dados da Secretaria da Economia do Estado de Goiás, as usinas goianas contribuem com R$ 1,7 bilhão por ano de impostos estaduais e Fundo Protege Goiás, ou seja, totalizando cerca de R$ 4,7 milhões diários.