Brasil, 29 de setembro de 2024
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Economia

Queda do rendimento e subutilização do trabalhador são reflexos da desindustrialização de Goiás e do Brasil, diz Sandro Mabel

Publicado em atualizado às 17:28

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel, afirmou nesta quinta-feira (31) que o recuo de 8,8% do rendimento do trabalhador no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, reflete a falta de rumo e a estagnação da economia do país.

“Estamos andando para trás, O rendimento real passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511 um ano depois”, observou Mabel ao comentar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE.

De acordo com o dirigente da Fieg, a pesquisa mostrou um cenário grave com a taxa de desemprego que atingiu 11,2% no período e com número de desempregados chegando a 12 milhões de pessoas.

“Venho batendo na tecla de que tudo isso acontece porque falta incentivo aos investimentos na indústria e os números do IBGE atestam a nossa tese. O país e Goiás estão se desindustrializando, o que produz um quadro devastador na geração de emprego e renda para os nossos trabalhadores”, assinalou.

Para Mabel, os governos estadual e federal só entendem a linguagem do aumento dos juros e da tributação. “Isso não leva a nada. Precisamos inverter essa lógica e gerar emprego e renda com a industrialização”, observou.

Ele sublinhou que a consequência da falta de noção dos governos é terrível. “A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar mas não encontram emprego, alcança 27,3 milhões. Isso é um desastre para Goiás e para o Brasil”, concluiu.