Brasil, 29 de setembro de 2024
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Economia

“Empresa sem tecnologia vai acabar. É um caminho sem volta”, diz palestrante em liva da Fieg

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O Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Fieg, liderado pelo empresário Heribaldo Egídio, reuniu quarta-feira (30/03), na Casa da Indústria, conselheiros e membros de entidades que compõem a Aliança pela Inovação em Goiás para retomada dos trabalhos do colegiado em 2022. O encontro, o primeiro presencial após dois anos de pandemia, foi transmitido ao vivo pelo Zoom Cloud Meetings, e contou com palestra do diretor de operações da Okea Soluções Tecnológicas, Pedro Uchikawa.

Já no início de sua apresentação, Uchikawa sustentou que empresários, terceiro setor e instituições de ensino e pesquisa precisam se preparar para esse novo momento pós-pandemia. “Só existirá um tipo de empresa no mundo, a que vai acompanhar a tecnologia, qualquer outra vai acabar. É um caminho sem volta. As empresas precisam falar na linguagem digital e acompanhar o que é exigido pelo novo consumidor”, afirmou.

O diretor da Okea alertou empresários que a tecnologia na indústria é fundamental para competitividade do setor e que a pandemia acelerou esse processo. “É preciso desmistificar a inovação para os empresários. A pandemia gerou uma demanda absurda por profissionais da área de tecnologia. O que antes era ‘perfumaria’ nas empresas tornou-se a área principal, acelerado sobretudo pelo fechamento dos pontos físicos de vendas”, explicou, citando as medidas adotadas para combate ao coronavírus no auge das contaminações.

De acordo com ele, esse movimento de migração para o digital levou à falta de profissionais de TI no mercado, sendo essencial a aproximação das instituições de ensino e pesquisa para formar jovens preparados para as necessidades do setor produtivo para os próximos anos. “Quem tem qualificação está altamente disputado e percebemos que a juventude não tem ideia das dores do setor produtivo.”

Para Uchikawa, o principal pilar da Indústria 4.0 é a coleta de dados, com monitoramento constante para identificar falhas, de olho no aperfeiçoamento dos processos de produção. “As ferramentas IoT [sigla em inglês para Internet das Coisas] identificam as perdas e, consequentemente, incrementam a eficiência e competitividade da indústria, permitindo a tomada de decisões mais assertivas pelo gestor. Percebemos que a dores das micro e pequenas empresas não são diferentes dos grandes grupos. A diferença é o acesso à tecnologia”, avaliou.

Fomento à inovação
Nesse sentido, o presidente do CDTI, Heribaldo Egídio, reiterou que existem recursos para fomento da inovação nas empresas, mas faltam projetos. “É fundamental que as empresas tenham uma pessoa responsável pela gestão de projetos. As médias e grandes empresas estão acordando para isso. Só assim as coisas começam a modificar. Não adianta ir atrás de apoiadores se não tiver gestão de projetos dentro do negócio. É preciso o monitoramento do início, meio e fim dos processos.”

O encontro, promovido pelo CDTI, também marcou a realização da reunião ordinária do colegiado, com balanço das ações desenvolvidas no ano passado e deliberação do calendário de atividades de 2022. De acordo com plano de ação, está programada a realização de nove reuniões ordinárias até dezembro, além da organização de missão de benchmarking ao Porto Digital de Recife e Santa Catarina e a promoção da 4ª Mostra de Tecnologia para Negócios e do 3º Encontro do Ecossistema Goiano de Inovação.

Paralelamente, o CDTI dará continuidade ao road map do Desafio Fieg de Inovação para a Indústria, que teve o primeiro meetup realizado em fevereiro. Estão programadas mais cinco etapas do evento, entre abril e novembro, com execução de mais dois meetups, hackaton, programa de aceleração e demo day dos projetos finalistas.

“O projeto já está aprovado no Sebrae, com contrapartida assegurada e já depositada pela federação. Do ponto de vista metodológico e financeiro, está tudo organizado”. explicou o superintendente da Fieg, Igor Montenegro, que acompanhou a reunião.