Bilhete único funcionará com o Cartão Fácil, e será primeira ação do cronograma de melhorias propostas pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC). Válido por 150 minutos, duas horas e meia, permitirá integração fora dos terminais, o que reduz tempo de viagem em até 50 minutos, e custo de deslocamento. Na primeira utilização, usuário pagará valor de R$ 4,30, que é a tarifa vigente. Demais viagens integradas serão gratuitas. “As otimizações mostram nosso compromisso com a modernização do sistema, a mobilidade e a dignidade do cidadão”, afirma prefeito
Compromisso da gestão do prefeito Rogério Cruz, a melhoria do sistema do transporte público de Goiânia avança com implantação, no próximo sábado (02/04), do bilhete único, por meio do Cartão Fácil. O bilhete vale por duas horas e meia. Deste modo, permite o pagamento de tarifa única, além da integração dos terminais. A introdução do bilhete é a primeira parte de um cronograma de medidas propostas pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) para melhoria do transporte coletivo na capital.
O prefeito Rogério Cruz aponta que, com o início da implantação, a nova política de tarifa flexível permitirá a criação de diferentes produtos tarifários, além do uso de bilhetes digitais e cartões eletrônicos de embarque. “São medidas que vão facilitar o acesso ao sistema, seu uso e a integração dos modais de transporte, além de permitir as integrações fora dos terminais”. Segundo Cruz, a estimativa é que o tempo de viagem caia até 50 minutos.
O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, ressalta que a inserção de bilhetagem inteligente é urgente pela transformação, liberdade e redução de custos para o usuário do transporte público coletivo. “Ainda há muito para realizar, mas diante das possibilidades do bilhete único, teremos grande avanço, em especial, no custo de viagem e tempo de espera dos ônibus, o que incorrerá em transporte mais rápido”, avalia.
Como vai funcionar o Bilhete Único
Quanto à forma de utilização, Rogério Cruz explica que a decisão pelo uso do Cartão Fácil “se deu porque a maioria dos usuários do transporte coletivo na capital já o utiliza”. “Para se ter uma ideia, das quase 400 mil validações realizadas diariamente nos últimos dias, 270 mil foram a partir do cartão”, informa.
A migração do Cartão Fácil para o bilhete único será automática, então, o usuário não precisa trocá-lo. Por outro lado, quem não tiver o cartão tem a facilidade de fazer o bilhete único em qualquer terminal ou ponto de venda de Sitpass.
Na prática, o bilhete único é válido por 150 minutos. Ou seja, duas horas e meia. Uma de suas vantagens é a integração fora dos terminais, o que reduz tanto o custo por viagem quanto o tempo para deslocamento. Deste modo, o bilhete será utilizado em qualquer ônibus, terminal ou estação da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).
Na primeira utilização do bilhete, o usuário pagará o valor de R$ 4,30, que é a tarifa vigente. As demais viagens integradas serão gratuitas. Porém, é importante que o usuário se atente às diretrizes do bilhete único. A primeira delas, é que serão permitidas até quatro integrações após o primeiro embarque, pelo período de duas horas e meia.
A integração acontece somente em ônibus diferentes, e é válida apenas para quem utilizar o bilhete único. Outro ponto de atenção, é que não é possível utilizá-lo, seguidamente, no mesmo ônibus, sendo necessário aguardar, para isso, um intervalo de 45 minutos.
O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, alerta que o benefício do bilhete único é pessoal e intransferível. Para evitar o uso indevido, será utilizada a biometria facial.
Ele explica que “durante a utilização do cartão, serão capturadas fotos dos usuários que serão confrontadas com o cadastro. Caso a pessoa não seja a titular, o benefício será suspenso por sete dias, na primeira infração, e por até 15 dias, em caso de reincidência”.
Cronograma de reformulação do transporte público
A introdução do bilhete único é a primeira das melhorias anunciadas pela Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), após a aprovação da Lei Complementar 169, de 29/12/21, que trata da reformulação do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana.
Tais ações tiveram início ainda no ano passado, com implantação de sistemas de reconhecimento inteligente para usuários de cartões sociais, catraca que permite pagamento por cartão de débito e crédito, bem como novo sistema de bilhetagem. “Agora, caminhamos para tornar o custo do transporte mais justo por meio da nova modalidade de tarifação, a renovação e ampliação da frota”, frisa Rogério Cruz.
O prefeito da capital lembra que a otimização da mobilidade urbana e integração metropolitana do transporte coletivo faz parte de seu plano de governo, e que as melhorias colocadas em prática representam o cumprimento do compromisso.
Cruz destaca que “compete, ao poder público municipal, organizar e prestar o serviço de transporte coletivo. Por isso, as otimizações no transporte público mostram o compromisso com a modernização do sistema, a mobilidade e dignidade do cidadão”, afirma.
Mais ações
Em maio, será implantado o Vale Transporte Assinatura, modalidade semelhante ao vale transporte que dá aos empregadores assinatura válida por 30 dias. Para os próximos meses, está prevista a introdução do Cartão Família (para que até cinco pessoas embarquem com tarifa única aos finais de semana); Bilhetes Um Dia e Uma Semana (aquisição de bilhetes diário e semanal); Cartão-Pós-Pago; Bilhete Meia-Tarifa; aquisição de nova frota; revitalização do Eixo Anhanguera, novo Eixo Norte-Sul e Super APP SIM 2.0.
Serviços complementares também serão integrados aos já oferecidos pela RMTC, com destaque para o CityBus 3.0, que é um serviço sob demanda; sistema de bicicletas compartilhadas conectado aos terminais de integração; implantação, reforma e manutenção de abrigos em pontos de parada de ônibus.
Rogério Cruz ressalta que a otimização do transporte público é mais do que um compromisso de governo, mas a prova do cuidado com o cidadão. “Vamos oferecer à população transporte de qualidade, além de proporcionar mais autonomia. Nosso objetivo é que o usuário sinta, na prática, como a mobilidade realmente funciona como serviço”, diz.