Encurralado pelo governador Ronaldo Caiado e pelo seu candidato a vice, Daniel Vilela, o prefeito Gustavo Mendanha ficou com poucas opções de partido para se filiar e participar das eleições desse ano. A alternativa que mais interessa a ele é o Patriota, uma legenda nanica que só tem três prefeitos em Goiás e nove deputados federais no Brasil inteiro.
Com uma estrutura tão frágil, o Patriota não tem direito a uma boa participação no rateio do tempo de propaganda de rádio de TV. Tampouco recebe valores significativos do fundo partidário. É uma legenda fadada ao desaparecimento no curto prazo, porque também padece de enraizamento social e de identificação com causas políticas.
Além da parca estrutura, o Patriota também é prejudicado por uma disputa judicial entre os seus dois principais grupos no âmbito nacional. A crise interna é protagonizada por Ovasco Resende e por Adilson Barroso, que foi defenestrado da presidência em junho do ano passado.
O curioso é que, mesmo sendo um partido nanico, o Patriota se vê em condições de impor critérios para aceitar a filiação de Gustavo Mendanha – o que mostra como é grave a atual situação do prefeito. O Patriota só aceita Gustavo se ele romper relações com um dos principais entusiastas da sua pré-candidatura: o ex-governador Marconi Perillo.
O que está por trás dessa exigência é uma briga antiga do presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga, e do único deputado federal do partido no Estado, Alcides Rodrigues, com Marconi. Na época em que Alcides foi governador, ele nomeou Braga para o cargo de secretário da Fazenda e os dois, juntos, empreenderam uma ostensiva campanha de destruição do tucano.
Essa miscelânea de fatos do passado com circunstâncias do presente é terrível para os planos de Gustavo Mendanha, que corre contra o relógio para encontrar um partido que abrace o sue projeto político. Gustavo correr o sério risco de ter que desistir de ser candidato.
