O pré-candidato do PSDB à presidência da República, João Doria, recebeu com preocupação a notícia de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai renunciar ao cargo. Doria e Leite enfrentaram-se nas prévias que definiram o candidato do PSDB que vai enfrentar Bolsonaro e Lula. Como o paulista venceu, a renúncia do gaúcho (com objetivo de “participar” da eleição) causou estranheza.
Doria afirma que sua candidatura segue inabalável e classificou uma eventual tentativa de mudar o resultado das prévias de “golpe”. Chamou atenção dos tucanos o tom que Leite usou nas entrevistas, dizendo estar aberto a um “projeto nacional”.
O PSDB observa a movimentação de atores externos ao partido, como o MDB, o União Brasil e o Cidadania, cujo aceno de aliança teria potencial para embaralhar o jogo. A movimentação de Eduardo Leite incomoda tucanos preocupados com a legitimidade das prévias. Eles argumentam que uma mudança de candidato a essa altura macularia a credibilidade do partido.
“Eu atendo ao que a legislação eleitoral exige: renunciar ao mandato de governador para estar na política atuando nessa eleição, que é decisiva, buscando dar toda a colaboração que eu puder para ajudar o país nesse momento crítico”, disse Eduardo nessa semana.