Com o objetivo de criar um clima político favorável à sua pré-candidatura a governador, o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, recorreu a um expediente muito comum entre jogadores de carteado, no começo do ano: o blefe.
Gustavo tentou criar um falso sentimento de empolgação do meio político com o seu projeto de abreviar a trajetória de Ronaldo Caiado como governador. Em entrevistas, ele garantiu que havia recebido convite para se filiar a 12 partidos, entre eles PL, Podemos, PSB, PSC, Patriota, PSDB e Republicanos.
Mas o fato é que Gustavo continua sem partido a poucos dias do prazo final para se filiar a um partido. O PL caminha para lançar uma candidatura verdadeiramente alinhada ao presidente Bolsonaro, que é a do deputado Major Vítor Hugo. O PSDB prefere Marconi Perillo. O PSB impôs severas condições, como a de apoiar Lula. O Patriota abriu portas, mas os seus principais nomes (o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot e o atual prefeito, Marden Júnior) declaram apoio a Caiado. O Podemos voltou para a órbita caiadista e o Republicanos está com um pé na base do atual governador, depois que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz anunciou que não vai caminhar com Gustavo.
O fato é que sobraram, ao prefeito de Aparecida, partidos nanicos como o DC e o PSC. Eles não possuem respaldo social, tempo de televisão ou participação relevante no rateio do fundo eleitoral. Em função desse cenário, há aliados do prefeito que tentam convencê-lo a desistir de ser candidato a governador. Ele tem até o dia 31 de março para decidir.