Rádios e jornais de Aparecida de Goiânia repercutem, nesta sexta-feira (25), a informação de que um grupo formado por 17 vereadores do município tenta convencer o prefeito Gustavo Mendanha (sem partido) a desistir de ser candidato a governador. Faria parte desse grupo o presidente da Câmara, André Fortaleza (MDB).
A renúncia do prefeito está marcada para acontecer no dia 31 de março, às 17 horas. O combinado inicial é o de que Gustavo deixará o prédio da prefeitura e seguirá a pé à Câmara, para assinar o documento que formaliza a sua decisão. Quem vai herdar a cadeira é o vice-prefeito Vilmar Mariano (Podemos), conhecido como Vilmarzin.
Um dos motivos que teriam levado os vereadores a se articular seria o medo de eventuais retaliações promovidas por Vilmar depois da posse, uma vez que o vice-prefeito teve problemas de relacionamento com André Fortaleza e tentou impedi-lo de ser reeleito presidente da Câmara. Foi de Vilmarzin a articulação para lançar um candidato que rivalizasse com Fortaleza naquela disputa.
Um outro motivo é a dificuldade que Gustavo Mendanha enfrenta para se viabilizar como candidato competitivo a governador. A pouco mais de cinco meses da eleição, o prefeito não conseguiu sequer um partido mediano que topasse abraçar o seu projeto. Depois que o PSD bateu-lhe com a porta na cara, ao reafirmar a candidatura de Henrique Meirelles ao Senado, na última quinta-feira (24) foi a vez de o PP dizer (de novo) que não quer saber de Gustavo.
Além da falta de um partido, o prefeito também não conseguiu montar uma teia consistente de apoiadores políticos. Até hoje, o seu principal articulador é Tatá Teixeira, cuja insistência em imiscuir-se em assuntos paroquiais de Aparecida incomoda quem enxerga o panorama maior.