Brasil, 28 de setembro de 2024
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Política

Mendanha sairá da prefeitura de Aparecida sem cumprir promessa de fazer “cidade inteligente”

Publicado em atualizado em 18/03/2022 às 15:27

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), renuncia ao cargo no dia 31 de março, às 17 horas, sem cumprir uma de suas promessas de campanha mais importantes: a de investir para transformar Aparecida em uma “cidade inteligente”.

Na eleição de 2020, da qual sairia com mais de 90% dos votos, Gustavo prometeu um projeto urbanístico avançado, moderno, arrojado, que marcasse época na prestação de serviços públicos e no atendimento das demandas da população que o elegeu. Mas o que se vê hoje é um município envolvido em problemas infraestruturais de grande proporção.

São problemas complexos por natureza e relativamente comuns aos municípios brasileiros, mas que se agravaram pelos longos períodos de ausência de Gustavo Mendanha durante o período pré-eleitoral. O prefeito reunia-se com aliados para falar de política enquanto os buracos de multiplicavam nas ruas, a roçagem do mato de canteiros ficava de lado e a rede municipal de saúde padecia.

Aparecida tem hoje quase 30 mil crianças sem vagas nas creches e, portanto, sem receber a necessária e indispensável educação infantil, responsabilidade que a Constituição atribui às prefeituras. Há um número de bairros que varia entre 40 e 60 – a gestão municipal não esclarece quantos são – cujos moradores sofrem com a falta de asfalto.

A teia de assistência às famílias em situação de vulnerabilidade social não funciona. O prometido “Banco de Alimentos” não saiu do papel. O Hospital Municipal de Aparecida é alvo de investigações das polícias Civil e Federal. Essa não é a “cidade inteligente” que Gustavo havia prometido construir.