Partido ao qual Mendanha pode se filiar tem somente 9 mil filiados em Goiás

Rejeitado pelo PP, PSD, PL e outras legendas de maior relevância, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, pode ter como uma das únicas alternativas de filiação partidária o Democracia Cristã (DC) – um partido que em Goiás tem apenas 9.132 filiados, segundo dados colhidos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 7 de março de 2022.

É o equivalente à população de alguns dos menores municípios de Goiás, como Cavalcante (9,7 mil habitantes), Santa Rita do Araguaia (9,1 mil), Mara Rosa (9,2 mil), Vicentinópolis (9 mil), Itauçu (8,9 mil) ou Bom Jardim (8,9 mil).

Outro dado que dá dimensão da miudeza do DC foi o rateio de tempo de TV para propaganda partidária que o TSE realizou no dia 27 de janeiro deste ano: o Democracia Cristã, por não ter representatividade suficiente, foi alojado no bloco de legendas que não têm direito a tempo nenhum (a exemplo de outros como PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU, PTC, Rede e UP). Um prejuízo muito grande, se considerar que o DEM, do governador Ronaldo Caiado, terá 20 minutos e 40 inserções só no primeiro semestre do ano, antes de a eleição começar.

Em Goiás, o quase anônimo DC é presidido por Alexandre Magalhães, que nunca foi eleito a cargo público. No passado recente, frequentou o noticiário em uma única ocasião: quando o Ministério Público decidiu investigar suspeitas de que existia uma estrutura na Agência de Turismo e Lazer da prefeitura de Goiânia para beneficiar três vereadores do partido.

O partido hoje tem um representante na Assembleia Legislativa: o deputado estadual Eduardo Prado. Mas, de acordo com nota publicada no Jornal Opção no dia 3 de março desse ano, Eduardo está de saída.