Brasil, 28 de setembro de 2024
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Política

Gustavo Mendanha caminha para virar subproduto do marconismo em Goiás

Publicado em atualizado em 08/03/2022 às 07:55

Quando conversa com aliados e é provocado a explicar a sua obsessão em ser candidato a governador a qualquer custo, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, diz-se convicto de que pode surfar na mesma onda que varreu a política de Goiás em 1998. Gustavo se olha no espelho e enxerga a si mesmo como uma versão 20.2 de Marconi Perillo. A identificação é tão grande que Gustavo flerta com o ex-governador e não enxerga o óbvio: o iminente risco de virar subproduto do grupo marconista.

Gustavo aproximou-se do marconismo por uma razão simples: ele não pode continuar a ser candidato de si mesmo. Não tem discurso, não tem projeto, não representa nada, nem ninguém. Precisa de aliados que, preferencialmente, tenham know how e expertise para disputar uma eleição tão difícil quanto a que se avizinha, contra um governador muito bem avaliado e que desfruta do apoio de uma base política sólida.

Gustavo encontra-se ciceroneado por pessoas que o eleitor democraticamente afastou em 2018, como o ex-governador José Eliton, a ex-deputada estadual Eliane Pinheiro e o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop, que hoje se chama Goinfra) Jayme Rincon, além do próprio Marconi.

Para contar com a expertise eleitoral do grupo, Gustavo terá que pagar um preço alto: o de explicar a sua aliança com pessoas que ajudou a combater nas eleições de 2018 e – o que é mais grave – defender os governos de Marconi e Eliton durante toda a campanha eleitoral. Em outras palavras, o prefeito está a um passo de virar subproduto do marconismo.