
Morre Brigitte Bardot, lenda do cinema e maior símbolo sexual do século 20
Bardot foi não apenas uma das maiores atrizes da sétima arte, mas o maior e mais estrondoso símbolo sexual de sua geração

Bardot foi não apenas uma das maiores atrizes da sétima arte, mas o maior e mais estrondoso símbolo sexual de sua geração
Brigitte Bardot, diva do cinema francês e figura cena cultural do século 20, morreu aos 91 anos. A informação foi divulgada por veículos internacionais e repercutida pela imprensa francesa, incluindo o Le Monde e a AFP, que confirmaram o falecimento da artista em Saint-Tropez na quinta-feira (25).
Bardot foi não apenas uma das maiores atrizes da sétima arte, mas o maior e mais estrondoso símbolo sexual de sua geração, reforçando a presença feminina no cinema e influenciando a moda, o comportamento e a música.
Nascida em Paris em 1934, Bardot iniciou sua carreira como modelo e rapidamente se tornou um rosto indispensável do entretenimento europeu. Ela conquistou reconhecimento mundial a partir da década de 1950, especialmente após o sucesso explosivo de “E Deus Criou a Mulher” (1956), filme que redefiniu os limites da sensualidade nas telas e colocou Bardot no centro do imaginário global.
A atriz também ficou eternizada pela canção “Je t’aime moi non plus”, gravada em 1967 ao lado de Serge Gainsbourg. A música, que mais tarde ganharia nova versão com Jane Birkin, tornou-se um dos registros mais eróticos e icônicos da história da música popular, marcando definitvamente a imagem pública de Bardot como musa e referência da liberdade sexual.
Ao longo da carreira, Bardot protagonizou dezenas de filmes, entre eles “Viva Maria!” (1965), “A Verdade” (1960) e “Contempt” (1963), este dirigido por Jean-Luc Godard e considerado uma obra-prima do cinema moderno. Seu rosto, fotografado por nomes como Richard Avedon e Sam Lévin, tornou-se símbolo universal da beleza feminina.
Nos anos 1970, Bardot decidiu abandonar definitivamente o cinema e dedicar sua vida à causa animal, fundando em 1986 a Fundação Brigitte Bardot, organização internacional de defesa dos direitos dos animais. Sua atuação na militância rendeu reconhecimento mundial e a transformou em uma das vozes mais influentes do ativismo ambiental na Europa.
Apesar da aposentadoria precoce das telas, o impacto cultural de Bardot jamais diminuiu. Sua estética inspirou gerações de atrizes, modelos e estilistas, e sua imagem continua sendo revisitada em livros, exposições e obras audiovisuais. Para críticos, Bardot sintetizou um momento único da transformação dos costumes no século 20 — e permanece como referência tanto artística quanto social.
A morte de Brigitte Bardot encerra um capítulo fundamental da história do cinema e da cultura pop mundial. Sua beleza, seu talento e sua atitude libertária moldaram épocas e influenciaram milhões. Mas sua figura — como atriz, musa e defensora dos animais — seguirá viva, indelével, na memória coletiva.
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