
Moraes decreta prisão preventiva de Silvinei Vasques
Silvinei foi detido no No Aeroporto Internacional de Assunção ao tentar embarcar com destino a El Salvador, utilizando um documento falso.

Silvinei foi detido no No Aeroporto Internacional de Assunção ao tentar embarcar com destino a El Salvador, utilizando um documento falso.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (26) a prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A decisão foi tomada após a constatação de que o ex-chefe da corporação descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça e deixou o Brasil sem autorização, sendo localizado e preso no Paraguai.
Silvinei havia sido condenado em 16 de dezembro a 24 anos e seis meses de prisão, acusado de integrar uma organização criminosa que teria atuado para tramar um golpe de Estado no país. O acórdão do julgamento ainda não foi publicado, o que significa que o processo não entrou formalmente na fase de recursos.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Silvinei teve participação direta em ações para dificultar o deslocamento de eleitores em regiões específicas durante o período eleitoral, especialmente em locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva aparecia com maior intenção de voto. As investigações apontam que essas ações ocorreram quando ele ainda ocupava o comando da PRF.
Enquanto aguardava o andamento do processo, Silvinei Vasques estava submetido a uma série de medidas cautelares determinadas pelo STF. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica, a apreensão do passaporte e a proibição de acesso às redes sociais. Segundo informações do processo, essas determinações foram violadas na madrugada do Natal, quando ele rompeu o dispositivo de monitoramento eletrônico e deixou o território brasileiro.
Após a fuga, o ex-diretor da PRF seguiu para o Paraguai. No Aeroporto Internacional de Assunção, ele foi detido ao tentar embarcar com destino a El Salvador, utilizando um documento falso. A prisão ocorreu após a atuação conjunta das autoridades paraguaias com órgãos brasileiros, que acionaram alertas de fronteira e a adidância policial no país vizinho.
Com a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, Alexandre de Moraes reforçou o entendimento de que houve risco concreto de fuga e desrespeito às determinações judiciais, elementos que, segundo o STF, justificam a adoção da medida mais rigorosa enquanto o processo segue em tramitação.
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