Saiba quem são os suplentes de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) foram cassados, na quinta-feira (18), pela Mesa Diretora da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB). Com isso, assumem os suplentes José Olímpio (PL-SP) e Dr. Flávio (PL-RJ), respectivamente.

Olímpio já esteve na Casa, quando Eduardo se licenciou por 122 dias, a partir de março, para “tratar interesses pessoais”. Ele foi para os Estados Unidos e não retornou desde então. O suplente do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é formado em Direito e ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus.

Já o Dr. Flávio é secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio de Janeiro. Ele é médico de formação e atuante.

Eduardo Bolsonaro 

A Mesa cassou o mandato de Eduardo Bolsonaro por faltas, devido ao fato de o deputado ter deixado de comparecer à terça parte das sessões deliberativas da Câmara dos Deputados, conforme prevê a Constituição. 

Em março, Eduardo Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos e pediu licença do mandato parlamentar. A licença terminou em 21 de julho, mas o parlamentar não retornou ao  Brasil e já acumulava um número expressivo de faltas não justificadas nas sessões plenárias.

Em setembro, Motta rejeitou a indicação do deputado para exercer a liderança da minoria na Casa, com o argumento de não haver possibilidade do exercício de mandato parlamentar estando ausente do território nacional.

Eduardo Bolsonaro também é réu em processo no STF por promover sanções contra o Brasil para evitar o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, pela trama golpista.

Ramagem

No caso de Ramagem, a cassação foi aplicada após o Supremo Tribunal Federal ter definido a perda de mandato no julgamento da tentativa de golpe de estado. Ele foi condenado a 16 anos de prisão. 

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, Ramagem está foragido em Miami, nos Estados Unidos. Desde setembro, Ramagem apresentava atestados médicos para justificar sua ausência na Câmara.

Após a descoberta da fuga, a Câmara informou que a Casa não foi comunicada sobre o afastamento do parlamentar do território nacional nem autorizou nenhuma missão oficial de Ramagem no exterior.