Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Cariani movimentou cerca de R$ 31,5 milhões entre julho e dezembro de 2023, diz Coaf

O influenciador Renato Cariani é réu no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, juntamente com outras quatro pessoas

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O influenciador e empresário Renato Cariani movimentou cerca de R$ 31,5 milhões em um intervalo de cinco meses, entre julho e dezembro de 2023.

As informações sobre a movimentação financeira, considerada incompatível com a capacidade financeira declarada, fazem parte de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), encaminhado à  Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

O material foi obtido pela CPMI no contexto de apurações sobre possíveis ilícitos financeiros. A incompatibilidade reforça suspeitas sobre a origem dos recursos.

De acordo com o relatório, aproximadamente R$ 19,5 milhões correspondem a créditos e R$ 11,9 milhões a débitos no período analisado.

Renato Cariani é réu no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, juntamente com outras quatro pessoas.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), o grupo teria fornecido mais de 12 toneladas de produtos químicos utilizados como insumos para a produção de entorpecentes, como crack e cocaína.

Ainda segundo as investigações, a Polícia Federal (PF)  identificou ao menos 60 transações consideradas dissimuladas, realizadas por meio de interpostas pessoas, com depósitos em espécie provenientes, em tese, da atividade ilícita, o que caracteriza indícios de lavagem de dinheiro.

Entre os produtos apreendidos estão fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Somados, os materiais poderiam se transformar em mais de 19 toneladas de cocaína e crack.

A investigação começou após uma operação da Polícia Federal contra a empresa Anidrol , indústria química da Grande São Paulo, da qual Cariani é sócio.

Conforme os autos, o esquema também incluía notas fiscais falsas para mascarar transações.