Brasil, 24 de novembro de 2024
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Atraso: deputado Francisco Júnior é contra legalização dos jogos no Brasil

Publicado em atualizado em 27/02/2022 às 08:01

Aprovado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (25) com 246 votos favoráveis e 202 contrários, o projeto que legaliza os jogos de azar no Brasil gera polêmicas em determinados grupos da sociedade. O deputado federal Francisco Júnior (PSD), presidente da Frente Parlamentar Católica no Congresso Nacional, é contra o projeto e argumentou em entrevista à Sagres730  nesta sexta-feira que as justificativas a favor da economia para legalização dos jogos não procedem.

“É uma falácia, porque se os jogos parecem gerar empregos, existem estudos dizendo que não é bem assim. A única coisa que ele faz é deslocar o dinheiro que já existe e causar problemas sociais que nós já conhecemos e eu tenho certeza de que as pessoas conhecem alguém que tem problema sério com o jogo”, disse sem muita convicção.

Francisco argumenta que os estudos, que ele mostra, identificaram que o dinheiro gasto com jogos de azar seriam apenas realocados, ou seja, se antes seriam gastos com outros produtos, agora, serão usados para jogar. “A arrecadação continua, na prática, a mesma, porque os jogos não geram desenvolvimento”.

Outro problema citado de forma capenga pelo deputado é o social, que a legalização dos jogos poderia causar. “Tem consequências como empobrecimento da população e relacionadas à saúde mental […] Pode trazer benefícios, mas os malefícios compensam?”, questiona o deputado, que ainda disse que os jogos são “uma estrutura que se organiza no sentido da exploração humana” e podem ser usados para lavagem de dinheiro”.

Nem precisa dizer que o deputado goiano está totalmente equivocado e se pauta por questões de cunho religioso. Os jogos são legalizados no mundo inteiro, geram impostos e milhares de empregos. Mais do que isso: a legalização lança luzes e restringe espaços para a lavagem de dinheiro e do crime organizado.

Mais uma bola fora do deputado Francisco Júnior.