
Barraco na Assembleia: Clécio e Talles Barreto batem boca e quase vão às vias de fato
Deputados trocaram ofensas na sessão da CCJ

Deputados trocaram ofensas na sessão da CCJ
Os deputados Clécio Alves (Republicanos) e Talles Barreto (União Brasil) tiveram um confronto durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O barraco ocorreu por desentendimento sobre a prorrogação do estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia por mais 180 dias.
Clécio se queixava da aprovação do projeto e de ignorarem uma proposta dele pela suspensão da calamidade. Ainda afirmou que o presidente da Casa, Bruno Peixoto (União Brasil), havia mandado votar o texto favorável ao prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil).
“O líder do governo tem a capacidade de dizer: ‘Não, nós não vamos cumprir o que vocês estão pedindo [cita ele e o deputado Antônio Gomide (PT)], porque o presidente da Assembleia mandou que é para aprovar hoje’. (…) Essa Casa está virando uma vergonha nacional. Líder do governo, olhando para mim e dizendo: ‘Não vamos fazer o que você está pedindo, porque o presidente da Casa mandou que é para aprovar o projeto hoje. Mandou’. Tem um acordo, e ele mandou. Que vergonha”, falou para Talles.
Clécio continuou. Disse que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) recomendou contra a calamidade, mas que a Casa não respeitou. Ele citou, inclusive, que Talles articulava para ir ao TCM. “Fazendo campanha e tudo. O tribunal que você queria ir disse que não tem calamidade financeira nem na saúde nem no município. Quem falou não fui eu, foi o Tribunal de Contas.” O deputado, então, ouve uma conversa de Barreto com um assessor e responde: “Que levantando causa à toa? Eu estou com a palavra.”
Talles, então, afirma que não estava falando com o deputado do Republicanos, mas com um auxiliar, mas Clécio retruca: “Mas eu estou conversando com você.” E vem a resposta: “Mas eu não estou conversando com você.”
Clécio se levanta e a briga escala. “Você falou uma coisa que não pode, você é funcionário do presidente da Casa”, acusa. Talles chama o colega de chato, que devolve a ofensa, enquanto o presidente da CCJ, Amilton Filho (MDB), pede calma.
A tensão aumenta quando Alves diz que o líder do governo está “defendendo um prefeito vagabundo”, que reage: “Vagabundo é você.” De pé, eles ameaçam ir para cima um do outro. Nesse momento, a sessão por dez minutos.
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