
Em reviravolta, Câmara suspende Glauber Braga, mas mantém mandato do psolista
O próprio PSol apresentou a emenda para substituir a cassação por suspensão e teve o apoio do centrão

O próprio PSol apresentou a emenda para substituir a cassação por suspensão e teve o apoio do centrão
A Câmara dos Deputados suspendeu o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) por seis meses, mas, em uma reviravolta, não cassou o parlamentar na noite de quarta-feira (10). No meio político, era esperada a cassação do congressista com a aprovação do parecer do Conselho de Ética, aprovado em abril, que também recomendava a inelegibilidade.
O próprio PSol apresentou a emenda para substituir a cassação por suspensão e teve o apoio do centrão. Foram 318 votos a favor.
No processo, Glauber é acusado de quebrar o decoro parlamentar ao expulsar e chutar um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, em abril do ano passado. Segundo o deputado, o homem ofendeu a mãe dele, já falecida, a ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ), Saudade Braga.
Glauber chegou a fazer oito dias de greve de fome em uma das comissões da Câmara, em abril. Ele alegava perseguição política do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a quem já acusou de desviar emendas parlamentares.
Após sete meses parado, Motta anunciou a votação na terça-feira (9). Na ocasião, Glauber se sentou na mesa da Presidência, em protesto, e foi retirado à força pela Polícia Legislativa. Nesse momento, a TV Câmara foi tirada do ar, além de servidores e jornalistas terem sido impedidos de ir ao plenário.
Profissionais de imprensa também foram agredidos nesse momento.
Já na madrugada desta quinta-feira (11), a Casa rejeitou o parecer de Cláudio Cajado (PP-BA) pela cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e a manteve no cargo. Condenada pelo STF a 10 anos de prisão em regime fechado por envolvimento em um ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela está detida na Itália após fugir do Brasil.