Brasil, 10 de dezembro de 2025
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Política

Senado pode votar PL da Dosimetria ainda este ano

“Eu fiz um compromisso com os líderes e com o Brasil de que, se a Câmara deliberasse esse assunto, o Senado deliberaria sobre esse assunto", disse Alcolumbre

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O Senado pode votar o projeto de lei (PL) da Dosimetria ainda este ano. A matéria, que reduz as penas dos envolvidos na trama golpista e nos atos de 8 de Janeiro e vai beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou durante a madrugada na Câmara dos Deputados com 291 votos sim a 148 não.

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) disse na terça-feira (9) que pautaria a matéria, caso a Câmara deliberasse sobre o assunto. “Eu fiz um compromisso com os líderes e com o Brasil de que, se a Câmara deliberasse esse assunto, o Senado deliberaria sobre esse assunto (…) nós vamos deliberar assim que a Câmara deliberar. Este ano ainda”, afirmou no plenário.

O Congresso entra em recesso parlamentar a partir de 23 de dezembro. Com isso, o texto deve ser votado nas próximas semanas.

“Temos que buscar um meio-termo para modernizar a legislação, para suprir as lacunas na lei sobre a abolição e dos crimes contra o Estado Democrático de Direito (…) o bom entendimento é fazer a atualização dessa lei, que está sendo tratada na Câmara como um texto chamado de dosimetria”, também disse Alcolumbre.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a proposta precisa passar pelo colegiado. Integrantes do governo Lula (PT) acompanharam o pessedista.

Aprovação

O texto aprovado na Câmara foi o relatório do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Ele reduz o cálculo das penas, listando condições, além de fixar porcentagens mínimas para o cumprimento e progressão de regime.

Em caso de condenação por “exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado, deverá ser cumprido ao menos 50%” da pena, o que seria o caso de Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão e foi considerada como agravante a liderança de organização criminosa.

Texto teve aval do PL e protesto do governo. A parlamentares da oposição, o relator disse que a pena de Bolsonaro pode cair para 2 anos e 4 meses em regime fechado. A depender da interpretação, pode ser algo entre 3 anos e 4 meses e 4 anos e 2 meses.

Hoje, estima-se que o regime fechado fique entre 6 anos e 10 meses e pouco mais de 8 anos. Tudo depende do preso reduzir a pena por meio de trabalho ou estudo. Outros condenados devem ser beneficiados.

Confira como votaram os deputados goianos:

  • Adriano do Baldy (PP) – ausente
  • Célio Silveira (MDB) – sim
  • Daniel Agrobom (PL) – sim
  • Delegada Adriana Accorsi (PT) – ausente
  • Dr. Ismael Alexandrino (PSD) – sim
  • Dr. Zacharias Calil (União Brasil) – sim
  • Flávia Morais (PDT) – sim
  • Glaustin da Fokus (Podemos) – sim
  • Gustavo Gayer (PL) – sim
  • Jeferson Rodrigues (Republicanos) – sim
  • José Nelto (União Brasil) – ausente
  • Lêda Borges (PSDB) – sim
  • Magda Mofatto (PRD) – sim
  • Marussa Boldrin (MDB) – sim
  • Professor Alcides (PL) – sim
  • Rubens Otoni (PT) – não
  • Silvye Alves (União Brasil) – sim