
Ex-prefeito de Iporá é condenado pelo STF por defender ‘eliminar’ Lula e Moraes
Naçoitam Leite tem extensa ficha corrida e muitas contas a ajustar na Justiça

Naçoitam Leite tem extensa ficha corrida e muitas contas a ajustar na Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-prefeito de Iporá, na região oeste de Goiás, Naçoitan Araújo Leite, por defender “eliminar” o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. A pena de três meses de detenção foi convertida em oito penas alternativas.
A decisão do STF foi divulgada na sexta-feira (28). Em nota, a defesa disse que vai recorrer da decisão e pontuou que os recursos esclarecerão os equívocos e restabelecerão a correta interpretação do caso.
No relatório do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, destacou que Naçoitan, entre outubro de 2022 e novembro de 2022, veiculou a várias pessoas discurso para “eliminar” o presidente, à época candidato eleito, e o ministro desta corte, em possível situação de “guerra civil”.
Veja as penas alternativas do condenado, segundo o STF:
Naçoitan Leite foi alvo de operação por suspeita de fraudes em licitações. A Polícia Civil de Goiás cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Iporá e mais seis cidades.
Em 2023, o ex-prefeito Naçoitan foi suspeito de tentar invadir a casa da ex e atirar 15 vezes contra ela e o namorado. O político teria fugido na sequência. No local, estavam a ex-companheira e o atual namorado dela, que ficaram dentro do quarto e não se feriram
Segundo a Polícia Civil, Naçoitan estaria separado da mulher há cerca de dois meses. Por não aceitar o fim da relação, o homem usou a própria caminhonete para quebrar o portão e invadir o imóvel. Em 2018, Naçoitan tentou convencer fiscais de trânsito a não montar blitz com bafômetro em uma rua da cidade.
Nota da defesa de Naçoitan:
O Sr. Naçoitan Leite recebe a decisão com serenidade e respeito, mas recorrerá para sanar contradições e omissões do acórdão. O fato narrado na denúncia não possui qualquer vínculo com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, embora essa premissa tenha sido usada como fundamento decisório. Também não houve pedido de aplicação de pena pecuniária, que foi fixada de ofício e, indevidamente, em solidariedade com autores de atos antidemocráticos. A defesa confia que os recursos esclarecerão tais equívocos e restabelecerão a correta interpretação do caso.
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