O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), criticou insinuações de que a aprovação da indicação de Jorge Messias ao STF seria influenciada por negociações de cargos e emendas. Em nota, Alcolumbre considerou tais sugestões ofensivas e apontou o que considera uma tentativa de interferência do governo Lula no processo.
Segundo ele, a demora no envio da mensagem presidencial ao Senado, formalizando a indicação de Messias, causa “perplexidade” e sugere uma tentativa de interferir no cronograma estabelecido pela Casa. A escolha de Messias já foi publicada no Diário Oficial da União, mas ainda não foi formalmente encaminhada ao Congresso.
Alcolumbre marcou a análise do nome de Messias no Senado para o dia 10 de dezembro. Messias tem se reunido com congressistas para buscar apoio para a sabatina.
Na nota, Alcolumbre acusou setores do Executivo de tentarem criar “a falsa impressão, perante a sociedade, de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas”. Ele completou afirmando que essa é uma tática para desqualificar quem diverge de uma ideia ou interesse específico.
O presidente do Senado defendeu o prazo estabelecido para a sabatina, alegando que é consistente com o tempo alocado para indicações anteriores. Ele também enfatizou a importância de definir o novo ministro do STF ainda em 2025.
Alcolumbre concluiu a nota garantindo que nada alheio ao processo influenciará a decisão do Senado sobre a indicação.
Em 20 de novembro, o Palácio do Planalto anunciou a escolha do advogado-geral da União para a vaga no STF, decorrente da aposentadoria de Luís Roberto Barroso. A indicação foi publicada no Diário Oficial da União, mas o protocolo de envio ao Parlamento ainda não foi cumprido.
Lideranças evangélicas estão se mobilizado em busca de apoio a Messias entre os senadores.