Emedebista comentava um estudo do Fundo Emergencial para a Sanidade Animal em Goiás (Fundepec-GO) sobre os impactos econômicos de um possível foco de febre aftosa
O vice-governador Daniel Vilela (MDB) defendeu, na quinta-feira (27), que Goiás mantenha o planejamento contínuo para prevenir riscos sanitários no rebanho. O emedebista comentava um estudo do Fundo Emergencial para a Sanidade Animal em Goiás (Fundepec-GO) sobre os impactos econômicos de um possível foco de febre aftosa.
Segundo Daniel, mesmo com baixos riscos, atualmente, a vigilância precisa permanecer rigorosa, sobretudo para preservar a competitividade da pecuária goiana. “Tenho certeza de que isso garantirá que mantenhamos a excelência que já alcançamos em vigilância sanitária e também a robustez de um sistema de defesa agropecuária”, afirmou.
A Fundepec realizou o estudo por meio da Universidade de São Paulo (USP), com especialistas ligados à Organização Mundial de Saúde Animal. Este projeta impactos que variam de R$ 600 milhões a R$ 9 bilhões, a depender da densidade bovina e da velocidade de detecção do possível foco, e oferece simulações estratégicas para toda a cadeia produtiva da carne. O objetivo é orientar decisões futuras.
Titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Pedro Leonardo Rezende reforça a importância do cuidado. Ele lembra que, “mesmo durante o período das políticas tarifárias do mercado americano, o Estado de Goiás conseguiu aumentar as exportações de carne, o que demonstra essa grande vocação pecuária. É um Estado que tem condição de apresentar todas as garantias sanitárias exigidas pelos principais parceiros comerciais e de conquistar novos mercados”.
Já o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta, classificou o estudo como uma ferramenta importante para o planejamento. “É um sistema inovador que vai reforçar todo o trabalho de defesa agropecuária. Nosso sistema já é o melhor do Brasil, exportado para mais de 17 estados. Essa ferramenta agrega ao nosso planejamento e ao trabalho que já realizamos.”
Por fim, o presidente do Fundepec, Alfredo Luiz Correia, lembrou a trajetória da pecuária goiana. “Ao longo das últimas décadas, o setor superou desafios que poucos acreditavam ser possíveis. Desenvolvemos pastagens tropicais, aprimoramos raças e construímos uma pecuária capaz de competir nos mercados mais exigentes, convivendo com ameaças sanitárias constantes. As entidades, produtores, frigoríficos e laticínios precisam caminhar lado a lado”, observou.
