PROCESSO
Ministério Público pede prisão de influenciadora italiana por desvio milionário
Órgão pediu a condenação da influencer em 1 ano e 8 meses
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Órgão pediu a condenação da influencer em 1 ano e 8 meses
O Ministério Público de Milão pediu a prisão da influenciadora italiana Chiara Ferragni, que tem mais de 28 milhões de seguidores. Ela é acusada de desviar mais de 2,2 milhões de euros, cerca de R$ 13,7 milhões, de campanhas beneficentes. O órgão pediu a condenação da influencer em 1 ano e 8 meses nesta semana.
Mãe de dois filhos, Chiara usa as redes sociais para mostrar a sua rotina, mas também viagens, além de dicas de moda. Ela é uma das mais seguidas na Itália.
O MP denunciou a mulher por fraudar ações beneficentes e desviar valores que seriam usados para atender entidades de caridade, conforme a agência Ansa. Os R$ 13,7 milhões de lucros indevidos teriam ocorrido com a venda de pandoros, uma espécie de doce natalino típico da Itália, e ovos de Páscoa.
Os itens, comercializados entre 2021 e 2023, foram associados a ações de caridade de forma falsa e carregavam a imagem de Chiara. Ela prometia que as vendas seriam revertidas para um hospital infantil em Turim e uma ONG voltada a menores com deficiência.
Conforme o Ministério Público, as doações ocorreram antes das vendas dos produtos e em valores muito menores que o que foi arrecadado. Após a acusação, a influenciadora perdeu seguidores e contratos de publicidade.
Ela alega inocência. Já durante o processo, ela doou 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,2 milhões) ao hospital e 1,2 milhão de euros (R$ 7,5 milhões) à ONG. Além disso, Chiara fez um acordo para ressarcir pessoas afetadas. Na terça-feira (25), ela disse em declaração no tribunal que fez tudo “de boa fé, ninguém lucrou com isso”.
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