O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou nesta segunda-feira (3) que governadores ligados ao chamado “Consórcio da Paz” irão a Brasília-DF ao longo da semana para dialogar com o Congresso Nacional pela inclusão de alguns itens a um projeto de lei voltado ao enfrentamento a facções criminosas, após a assinatura, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PL Antifacção. 
Segundo Caiado, o texto recém-apresentado pelo governo Lula, bem como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, do Executivo federal devem ser revistos e aprimorados para que “a legislação seja compatível com o momento que o Brasil vive”.
As declarações surgem após a chacina policial da última terça-feira (28) no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos e teve como alvo declarado a facção criminosa Comando Vermelho.
Caiado reafirmou, em aliança com governadores da direita que criaram o consórcio paralelo, a urgência no combate ao crime organizado. Ele ainda defendeu considerar faccionados como narcoterroristas. 
“Vamos discutir a fundo no Congresso Nacional. Essa é a oportunidade para trazermos à tona o que é realmente necessário: considerar faccionados como terroristas, narcoterroristas”, afirmou Caiado ao programa Ponto de Vista, da revista Veja. “Importante dizer o que é um terrorista. É aquele que enfrenta a estrutura de Estado, que legisla no lugar do Estado, e impõe suas regras no lugar do Estado democrático de direito. E é isso que estamos vendo”, denunciou.
A ofensiva dos governadores de direita se soma a esforços anteriores dos executivos estaduais de classificar organizações criminosas como narcoterroristas, junto a autoridades do governo do presidente dos Estados Unidos, em meio à pressão militar de Washington na região.