
Chacina no Rio: Cláudio Castro admite que não pediu ajuda ao governo federal
Após a repercussão, ele disse que foi mal interpretado em sua fala

Após a repercussão, ele disse que foi mal interpretado em sua fala
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), admitiu, na terça-feira (28), que não pediu ajuda ao governo federal na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 60 mortos. Após a repercussão, ele disse que foi mal interpretado em sua fala.
“Houve uma leitura errada da minha fala”, disse. “Eu não pedi ajuda. A pergunta do repórter foi se o governo federal estava participando da operação, eu falei que não e perguntaram por quê. Nas últimas três ocasiões, pedimos blindados e a resposta foi que só poderiam ser cedidos com GLO. Como o presidente é contra a GLO, não adiantava pedir de novo”, continuou.
O governador ainda afirmou que não houve comunicação prévia, pois achou que o governo negaria. “O que a gente considera que é o que a gente precisa deles para a operação seria a questão dos blindados. Essa era a necessidade que nós já sabíamos, pelas outras três experiências, que não contaríamos com ajuda”, afirmou.
Antes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, RicardoLewandowski, desmentiu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que disse que teria feito pedido de blindados ao governo federal para a megaoperação na tarde de segunda-feira (28). “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça, para esta operação. Nem ontem, nem hoje. Absolutamente nada.”
Questionado sobre a possibilidade de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Lewandowski afirmou que, para isso, o governo do estado do Rio de Janeiro teria de declarar a “falência” da segurança. “Um dos requisitos, ou pré-condições, é que os governadores reconheçam a falência dos órgãos de segurança e transfiram as operações de segurança para o governo, mais especificamente para as Forças Armadas. É um procedimento complexo e demanda uma série de condições e requisitos para que ela possa ser operada”, afirmou.