Em publicação em seu perfil no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que a reunião representa uma “derrota” para o governo brasileiro e disse que o governo federal tenta estabelecer uma “narrativa” a partir do encontro entre os dois líderes.
“Precisamos aprender a diferenciar narrativa de realidade, jornalismo de assessoria. Vocês acham que é minimamente crível atrelar vitória a um regime de exceção sendo publicamente humilhado? Um regime de exceção, que há poucos meses atrás, agia sem prestar contas a ninguém, sem qualquer consequência sobre seus atos?”, disse o parlamentar.
“A foto com Donald Trump seria vitória se esse fosse um governo alinhado à direita. No caso do Lula, é o símbolo da sua derrota e pequenez, tendo que se submeter à força inequívoca do presidente Trump, a quem Lula odiava e chamava de ‘nova cara do nazi-fascismo’.”, acrescentou Eduardo, que está nos Estados Unidos desde março, quando anunciou que não voltaria ao Brasil por receio de ter o passaporte apreendido.
Comparação
Eduardo comparou o episódio a uma hipotética situação em que o ex-presidente Jair Bolsonaro tivesse de se reunir com o venezuelano Nicolás Maduro — a comparação não faz sentido, Maduro comanda uma ditadura, enquanto Trump é o presidente do país mais poderoso do mundo.
“Seria o mesmo que dar vitória ao Bolsonaro por ele ser obrigado a implorar por reunião e tirar foto com Maduro, sendo ainda obrigado a prestar satisfação de seus atos e falar do seu rival”, afirmou.
O deputado, que se vangloriava até outro dia de ser o único canal para comunicação entre o Brasil e o governo americano, também classificou o governo Lula como “acuado” e voltou a reclamar da imprensa.
“O que vejo é uma tirania liderada por homens medíocres sendo disciplinada em público, enquanto os macaquinhos adestrados na mídia paga precisam criar todo tipo de narrativa tosca para transformar humilhação pública em vitória”, escreveu.