Brasil, 23 de outubro de 2025
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Economia

Água limpa engorada o gado, diz engenheiro agrônomo

“Não é apenas uma vantagem, é uma necessidade. A pecuária está evoluindo, e quem não acompanhar esse avanço com ganhos zootécnicos não conseguirá se manter na atividade”

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Água limpa engorda o gado. Segundo Carlos Eduardo Carvalho, engenheiro agrônomo e diretor técnico da Cooperideal, a qualidade do que o rebanho bovino bebe deve ser tratada como um insumo essencial na pecuária. Ele explica que, além de prevenir doenças, o investimento em sistemas de tratamento de água pode aumentar significativamente o ganho de peso e a eficiência produtiva dos animais, o que resulta no ganho de até 100 gramas extras por dia.

“Não é apenas uma vantagem, é uma necessidade. A pecuária está evoluindo, e quem não acompanhar esse avanço com ganhos zootécnicos não conseguirá se manter na atividade”, afirma. “Investir em água para o gado precisa fazer parte do desenvolvimento da pecuária, da mesma forma que a melhora da suplementação e sanidade. A água é um alimento, e assim sendo, é necessário que seja também de qualidade.”

Para garantir essa qualidade, existem soluções específicas em desenvolvimento. No campo da engenharia, existem as Estações de Tratamento de Água (ETAs) voltadas para o abastecimento de rebanhos.

Segundo o engenheiro civil, mecânico, eletricista e de segurança do trabalho Leonardo Martins, especialista em saneamento na Tecnobombas, em Goiânia, “embora os processos básicos de uma ETA convencional e uma ETA para gado sejam semelhantes, a estrutura é personalizada. O dimensionamento leva em conta o consumo médio por animal, que varia entre 50 e 120 litros por cabeça ao dia, conforme o tipo de gado, fase de produção e clima da região”, esclarece.

Para ele, investir em uma ETA para gado traz vantagens, que se revertem em lucro. “A água tratada reduz a contaminação química e biológica, melhora a saúde do rebanho e aumenta a produtividade, seja em ganho de peso ou produção de leite. A médio e longo prazo, o retorno financeiro é evidente, com menor gasto em medicamentos e perdas produtivas.” Inclusive, ele afirma que podem ser adaptadas à infraestrutura já existente nas fazendas, como em bebedouros e redes de distribuição.

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