Brasil, 27 de setembro de 2024
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Economia

Fieg aponta principais gargalos que impactam produtividade das indústrias

Publicado em atualizado às 18:44

Acelerar as duplicações de rodovias, melhorar as estradas vicinais, operacionalizar a Ferrovia Norte-Sul e a Plataforma Logística Multimodal, resolver os gargalos da Ferrovia Centro-Atlântica, ampliar o transporte de cargas no Aeroporto Santa Genoveva e revitalizar o sistema de transporte hidroviário. Essas são, segundo o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, empresário Célio Eustáquio de Moura, as principais necessidades do setor produtivo goiano, considerando a logística de transportes.

Esses e outros gargalos foram apontados em reunião promovida quarta-feira (23/02), em ambiente on-line pelo Coinfra, com participação de conselheiros e empresários do setor, para discutir a infraestrutura de Goiás e suas oportunidades. No encontro, que marcou a primeira reunião ordinária do colegiado em 2022, além da logística, os conselheiros puderam apontar as principais dificuldades enfrentadas no âmbito da energia, saneamento, telecomunicação e obras públicas, contribuindo com sugestões para o acompanhamento sistemático do Coinfra, além de indicar temas estratégicos que serão abordados nas próximas reuniões do conselho.

“Goiás tem localização e vocação estratégicas para se consolidar como hub logístico do Brasil, mas precisamos reivindicar investimentos e uma política de governo que façam com que esses importantes projetos saiam do papel e sejam de fato operacionalizados no Estado”, avaliou o empresário Célio Eustáquio de Moura.

Dados da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mostram que somente 389 km das rodovias estaduais e 818 km das federais são duplicadas no Estado, considerando o total de 21.664 km e 6.239 km, respectivamente. Nesse sentido, Célio Eustáquio apresentou panorama sobre a atual situação das concessões rodoviárias em Goiás, inclusive do contorno Sul de Goiânia, levando em conta os entroncamentos com as BRs 060 e 452.

“A proposta apresentada pela ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] é bem distante do projeto inicial. Entretanto, precisamos ter eficiência. Tirar todo o grande fluxo de Goiânia já é um ganho muito grande, ainda mais considerando o tempo que se arrasta o projeto do anel viário, sem que saia do papel”.

No âmbito estadual, o presidente do Coinfra explicou que o governo de Goiás contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar a concessão a operadores privados de trechos de sete rodovias, somando 1,14 mil quilômetros. Os projetos devem envolver R$ 1,2 bilhão em investimentos nos primeiros cinco anos nas GOs 010, 020, 060, 070, 080, 139 e 330.

OUTROS GARGALOS – Na reunião, os conselheiros do Coinfra discutiram também as principais dificuldades do setor produtivo em temas como energia, saneamento, portos, aeroportos e principais obras de infraestrutura de Goiânia e como esses gargalos impactam na competitividade das indústrias instaladas em Goiás. Além disso, a agenda incluiu o desafio da implantação do 5G no Estado, tecnologia considerada estratégica para a indústria, sobretudo na implantação de processos inovativos.

“São muitas as articulações em defesa das indústrias na busca por soluções em questões estratégicas, que afetam o setor produtivo como um todo e interferem diretamente na competitividade das empresas. A união com sindicatos e a sociedade civil organizada é fundamental, além de ações conjuntas com a CNI [Confederação Nacional da Indústria] e outras entidades nacionais setoriais para melhoria do ambiente de negócios”, afirmou Célio Eustáquio.

A primeira reunião ordinária do Coinfra foi acompanhada pelos presidentes Cézar Mortari (Sinduscon-GO), Marduk Duarte (CTA) e Edwal Portilho (Adial Goiás) e contou com cerca de 30 conselheiros, representantes setoriais, empresários e profissionais da área de logística e infraestrutura.