Chucky foi apontado como autor ou participante de mais de 20 homicídios em Salvador e Região Metropolitana da capital baiana
Marcelo de Jesus Silva, conhecido como “Chucky”, ganhou fama no submundo do crime baiano por sua baixa estatura, 1,28 metro, e pela semelhança com o personagem do filme Brinquedo Assassino. O apelido, no entanto, contrastava com a violência de suas ações, já que ele foi apontado como autor ou participante de mais de 20 homicídios em Salvador e Região Metropolitana da cidade.
“Chucky” integrava um grupo de extermínio comandado por João Teixeira Leal, o “Jão”, um dos traficantes mais temidos do bairro de Pirajá, na capital baiana. De acordo com as investigações, Marcelo era o principal braço-direito do chefe da quadrilha e participava ativamente de execuções, tráfico de drogas e roubos.
Um dos casos mais brutais atribuídos ao grupo ocorreu em 2006, no bairro de Alto do Cabrito. Na ocasião, Junê Péricles dos Santos Santana, Igor Leonardo Cruz da Silva e Joílson dos Santos Santana foram mortos a tiros em um acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas.
As ações da quadrilha foram desmanteladas em março de 2007, após uma operação do então Grupo Especial de Repressão a Crimes de Extermínio (Gerce). O trabalho contou com o apoio de familiares das vítimas, o que ajudou a identificar e prender os integrantes do bando.
A prisão de “Chucky” e de seus comparsas marcou um momento importante no combate aos grupos de extermínio na Bahia, que vinham atuando de forma organizada e com forte influência sobre o tráfico local.
