
‘Não é derrota imposta ao governo, mas ao povo’, diz Lula sobre retirada da MP do IOF
Proposta que previa uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras saiu da pauta por 251 votos a 193
Proposta que previa uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras saiu da pauta por 251 votos a 193
A Câmara dos Deputados retirou de pauta a medida provisória (MP) que previa uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por 251 votos a 193, na quarta-feira (8), e enterrou de vez a proposta, que seria importante para sustentar a arrecadação e reduzir despesas obrigatórias em 2026. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em nota, “derrubar a medida provisória que corrigia injustiças no sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro”.
Com a votação do requerimento de retirada da pauta, que precisava ser votada na quarta-feira, pois era o último dia de vigência da MP, a medida perde a validade. Com isso, ainda em 2025, deve ocorrer um bloqueio nas despesas, o que inclui emendas parlamentares.
Isso também deve abrir um impasse de R$ 35 bilhões no projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. Governistas acreditam que o centrão e a bancada ruralista queriam, justamente, restringir o espaço fiscal de Lula em ano eleitoral.
Para o presidente, “a medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos. Impedir essa correção é votar contra o equilíbrio das contas públicas e contra a justiça tributária. O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil”.
Confira a nota de Lula na íntegra:
“A decisão da Câmara de derrubar a medida provisória que corrigia injustiças no sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro.
Essa medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos.
Impedir essa correção é votar contra o equilíbrio das contas públicas e contra a justiça tributária.
O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil.”