Em meio a estrepolias que expõem negativamente a imagem Legislativo goiano, o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (União Brasil), não se acanhou em transformar o seu gabinete no Palácio Maguito Vilela num verdadeiro restaurante popular.
Diariamente, no pomposo local, é servida quase uma centena de refeições pagas com dinheiro público, cujo objetivo escancarado é alimentar caravanas de políticos da capital e do interior atraídas por Peixoto para apoiar sua postu;ação a deputado federal.
A cozinha da Assembleia funciona a todo vapor durante todas as manhãs para atender a demanda gastronômica do gabinete do presidente. Farta, a mesa é organizada por uma legião de garçons, que circulam pelos corredores da Casa na hora do almoço carregando bandejas e mais bandejas de comida para aplacar a fome dos comensais de Peixoto.
O cardápio é variado e há dias que incluem em datas especiais até pratos à base de filé mignon e camarão. Ninguém sai com o estômago vazio do “bandejão” da presidência: a comilança corre solta – e tudo, claro, à custa do bolso do contribuinte. O presidente posta com frequência vídeos dos rega-bofes nas redes sociais, sempre com o comentário-bordão: “Bão demais da conta!”.
Desde que assumiu a presidência, Peixoto é alvo de severas críticas devido a farra de gastos que comanda na Casa. No início deste ano, por exemplo, distribuiu aos 41 deputados luxuosas SUVs pretas equipadas com internet ao custo de R$ 400 mil a unidade, reservando duas delas para seu uso pessoal. Criou mais de 100 diretorias e secretarias para abrigar ex-deputados, ex-prefeitos e apaniguados com salário médio de R$ 25 mil. Registre-se que a Assembleia de Goiás é que mais possui comissionados no Brasil, com cerca de 5,4 mil comissionados.
Pelo visto, a gestão exótica de Peixoto à frente da Assembleia Legislativa está longe de esgotar o repertório de absurdos.
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