Vereador, que já teve divergências com a madrasta, falava sobre o estado de saúde do pai em uma live ao lado do senador Magno Malta
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) elogiou publicamente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na noite do domingo (15). A postura surpreendeu aliados, uma vez que ele sempre teve uma relação distante com a madrasta.
“A Michelle está sendo uma guerreira com ele. De manhã, de tarde e à noite, qualquer horário. De uma maneira forte que eu não sei nem explicar. E a gente fica do lado para tentar ajudar”, afirmou.
Carlos falava sobre o estado de saúde do pai em uma live ao lado do senador Magno Malta (PL-ES). Apesar das divergências ao longo dos anos, em abril deste ano eles deram um abraço durante ato pela anistia, em São Paulo.
Também no domingo, Carlos criticou a forma como o pai tem sido tratado pelas autoridades durante sua prisão domiciliar. Em postagem nas redes sociais, ele protestou contra o esquema de segurança que acompanhou Bolsonaro em uma ida ao hospital DF Star, em Brasília.
Em sua publicação, Carlos relatou o que chamou de “maior circo armado da história do Brasil”. Ele afirmou que um comboio com mais de 20 homens armados e cerca de 10 batedores escoltou Bolsonaro pelas ruas de Brasília.
“Já no hospital, homens fardados e armados vigiam como se um senhor de 70 anos pudesse fugir por uma janela, assim como fazem em sua prisão domiciliar. Fica claro: o objetivo é fragilizá-lo, expô-lo e ofendê-lo, em nome da tal ‘missão dada, missão cumprida’ — até mesmo durante uma cirurgia! Isso é método de abate!”, escreveu o vereador.
Para ele, há uma perseguição em curso contra o pai: “No fundo, o que não conseguiram em 2018, tentam agora, a qualquer custo, concluir. Não há como não se indignar! Querem matar Jair Bolsonaro de um jeito ou de outro!”, disse.
O ex-presidente deixou sua residência na capital federal na manhã deste domingo para realizar dois procedimentos dermatológicos. Foi a primeira vez que o político saiu de casa desde que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. O deslocamento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhado por forte esquema de segurança.
