Antônio Carlos Camilo Antunes foi preso na pultima sexta-feira
O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, deve depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) nesta segunda-feira (15), às 16h. A defesa do investigado negociou a ida presencial ao local, conforme a CNN Brasil, uma vez que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, o desobrigou a ir.
Quando houve a decisão, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que a comissão iria recorrer. Contudo, a defesa fez um acordo com o colegiado e o depoimento foi mantido.
“Apesar de toda a decisão do Supremo Tribunal Federal que permitiu [ser] facultativa, voluntária, a ida do senhor Antônio Carlos Camilo Careca à CPMI, nós estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPMI para apresentar a versão que ele tem de todo esse escândalo”, afirmou o senador.
As investigações apontam que o Careca do INSS seria um intermediário das associações. Conforme a PF, Antunes teria recebido mais de R$ 53,5 milhões de associações e empresas envolvidas no esquema.
Essas seriam ligadas a ele, que, conforme a PF, repassou R$ 9,32 milhões a funcionários públicos e companhias associadas a altos escalões do INSS. Ele foi preso na última sexta-feira (12).
Sobre o caso, as investigações indicam que, entre 2019 e 2024, entidades ligadas ao INSS desviaram R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados nas aposentadorias e pensões. Embora Lupi não seja formalmente investigado, o escândalo gerou forte pressão política.
Segundo a Polícia Federal, associações e sindicatos firmaram Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS, o que lhes permitiu aplicar descontos diretamente na folha de pagamento de beneficiários — muitas vezes sem o consentimento dos mesmos.
