Trump afirmou que o governo dos EUA avalia novas retaliações e não descartou limitar a entrada da comitiva brasileira na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (5), em entrevista na Casa Branca, que o governo brasileiro segue uma linha “radical de esquerda”. A fala ocorreu após ele ser questionado sobre possíveis restrições de visto a delegações estrangeiras que participarão da Assembleia Geral da ONU, entre elas a do Brasil.
Trump afirmou que seu governo avalia novas retaliações e não descartou limitar a entrada da comitiva brasileira no evento da ONU em Nova York. Ele também relacionou a postura do governo Lula à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
O tema surgiu após um repórter citar reportagem da Associated Press, segundo a qual a Casa Branca prepara restrições de visto. Surpreso, Trump pediu detalhes e o jornalista explicou que a medida partia do própria governo americano.
Na resposta, o presidente disse que os EUA estão muito chateados com o Brasil e justificou a sobretaxa tarifária como reação a políticas consideradas prejudiciais, sem especificar quais seriam.
Trump destacou, no entanto, que mantém apreço pelo povo brasileiro e que as relações entre os países permanecem positivas, apesar das críticas de Lula ao seu governo.
Segundo ele, a mudança política no Brasil levou o país a adotar posições diferentes das anteriores, o que estaria impactando o desempenho econômico. Em tom crítico, disse que o Brasil “está indo muito mal” sob a atual gestão.
Ao encerrar, Trump evitou detalhar medidas concretas contra a delegação brasileira na ONU e resumiu sua posição a um “vamos ver” sobre os próximos passos.
