Brasil, 04 de setembro de 2025
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Goiás

Morre coronel Eurides Curvo, que teve intensa atuação na ditadura militar em Goiás

Curvo teve atuação intensa no período que se sucedeu ao Golpe de 64 em Goiás. Anticomunista ferrenho e integrante da chamada linha dura das Forças Armadas, comandou os chamados IPMS (Inquéritos Policiais-Militares) instaurados para reprimir o adversarios do regime militar, especialmente após a queda do governador Mauro Borges

Publicado em atualizado às 23:27

O coronel do Exército Eurides Curvo morreu nesta quarta-feira (3), aos 99 anos. Ele foi comandante da PM e secretário da Segurança Pública em Goiás, tendo sido também professor da Faculdade de Engenharia da UFG.

Curvo teve atuação intensa no período que se sucedeu ao Golpe de 64 em Goiás. Anticomunista ferrenho e integrante da chamada linha dura das Forças Armadas, comandou os chamados IPMS (Inquéritos Policiais-Militares), instaurados para reprimir o adversários do regime militar, especialmente após a queda do governador Mauro Borges.

O coronel se tornou figura temida em Goiás ao lado do capitão Marcus Fleury de Brito, que chefiou o Serviço Nacional de informações (SNI) e a Superintedência da Polícia Federal. Os dois foram acusados de implantar no estado o terror das prisões políticas seguidas de sessões de tortura.

Militantes de esquerda, como Tarzan de Castro e Hugo Brockes, entre outros, foram presos e torturados nas dependências do antigo 10º Batalhão de Caçadores, em Goiânia.