Isael confirmou neste domingo, 31, que Abu Obeida (foto), porta-voz do Hamas, foi morto em um bombardeio na Cidade de Gaza. O ataque ocorreu no sábado (30).
Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço de inteligência Shin Bet haviam informado que a ação mirava um alto integrante do grupo, sem revelar inicialmente o nome. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que se tratava de Abu Obeida – cujo nome verdadeiro é Hudayfa Samir Abdallah al-Kahlout.
O ministro da Defesa, Israel Katz, comemorou o resultado da operação. Em publicação no X, disse que o porta-voz “foi enviado para se encontrar com todos os eliminados do eixo do mal do Irã, Gaza, Líbano e Iêmen, no fundo do inferno”.
Ele acrescentou: “Em breve, à medida que a campanha sobre Gaza se intensifica, ele se encontrará com muitos outros de seus parceiros no crime lá — Hamas assassinos e estupradores.”
Operação conjunta de inteligência
Pouco depois, as FDI divulgaram comunicado confirmando que Abu Obeida, chamado de “o rosto da organização terrorista”, era o alvo da operação.
O Exército afirmou que a ação foi planejada em conjunto com o Shin Bet, com base em informações de inteligência que apontaram o esconderijo do terrorista.
Segundo os militares, há mais de uma década Abu Obeida comandava o aparato de propaganda da ala militar do Hamas, supervisionando porta-vozes em brigadas, articulando a comunicação política e definindo diretrizes de propaganda.
As FDI afirmaram que ele foi responsável pela divulgação das imagens do massacre de 7 de outubro e por vídeos de reféns em Gaza.
O chefe do Estado-Maior das FDI, general Eyal Zamir, disse que o ataque integra “uma série de significativos golpes no Iêmen, Líbano, Síria e outras áreas”.
Quem era Abu Obeida?
Sempre mascarado, Abu Obeida era porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam desde 2004 e ganhou notoriedade em 2006, ao anunciar o sequestro do soldado israelense Gilad Shalit.
Desde então, tornou-se o rosto das declarações de maior repercussão do grupo terrorista e de sua guerra psicológica.
Seu último comunicado foi feito na sexta-feira, afirmava que a ofensiva israelense em Gaza colocaria reféns em risco.