O governo dos Estados Unidos pode reagir em tempo real ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) — réu por participar de uma suposta trama de golpe de Estado — com a adoção de novas sanções contra o Brasil. A decisão final dependerá diretamente do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo a coluna da jornalista Mariana Sanches, do UOL, circula em Washington a possibilidade de ampliar as medidas já em vigor. Entre elas estão novas cassações de vistos de autoridades brasileiras, sanções financeiras contra integrantes do STF e até a inclusão de produtos nacionais em uma lista sujeita a tarifas de 50%, medida que já afeta diversos setores da economia brasileira desde o dia 6 de agosto. Nem a Casa Branca nem o Departamento de Estado responderam aos questionamentos formais da reportagem sobre a adoção imediata de novos bloqueios econômicos e diplomáticos.
Na carta em que anunciou o tarifaço de 50%, Trump declarou que sua decisão estava ligada ao julgamento de Bolsonaro, classificado por ele como uma “caça às bruxas”. O presidente estadunidense exigiu que o processo fosse interrompido “imediatamente”. Em outra ocasião, ao ser questionado pela imprensa brasileira, Trump reforçou seu apoio ao aliado, chamando Bolsonaro de “um homem honesto”.
Atualmente, não há negociações comerciais em andamento entre Brasil e Estados Unidos, já que o governo estadunidense condiciona qualquer diálogo tarifário ao desenrolar do processo no STF.
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