Brasil, 21 de agosto de 2025
Siga Nossas Redes
Política

Reviravolta: oposição derrota governo e elege presidente da CPMI do INSS

Em uma reviravolta, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente do colegiado, por 17 votos contra 14 do senador Omar Aziz (PSD-AM), que havia sido escolhido por acordo, mas enfrentava a resistência da oposição.

Publicado em

O Congresso Nacional instalou nesta quarta-feira (20), no Senado, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que vai apurar os descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do órgão.

Em uma reviravolta, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente do colegiado, por 17 votos contra 14 do senador Omar Aziz (PSD-AM), que havia sido escolhido por acordo com a bênção do presidente do Sendo, Davi Alcolumbre, mas enfrentava a resistência da oposição.

Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aziz acusou a presidente da sessão, senadora Tereza Cristina (PP-MS), de encerrar a votação antes do prazo para que todos os parlamentares registrassem suas escolhas.

“Quem está aqui é um presidente eleito que quer esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e principalmente gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de dinheiro de aposentados, pensionistas, pessoas que trabalharam uma vida inteira e depositaram a confiança na Previdência, outros que dependem da Previdência para a sua sobrevivência por necessidade, por idade”, declarou.

Sem acordo, a vice-presidência do colegiado será decida na próxima sessão.

Com a eleição de Viana, a relatoria passou do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Moitta, para o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL). O nome do relator é de livre escolha do presidente do colegiado.

Principal aposta da oposição para desgastar o governo Lula (PT), a CPMI será formada por 16 senadores, com o mesmo número de deputados, além de outros 32 suplentes, que têm até 120 dias para concluir seus trabalhos.