A Justiça de São Paulo decidiu, neste sábado (16), manter a prisão do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro. O casal havia sido detido na sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por ordem da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
A audiência de custódia serviu apenas para verificar a ocorrência de eventuais ilegalidades no momento da prisão, o que não foi constatado. Com isso, ambos permanecem presos preventivamente.
Investigações e acusações
O caso, que vem sendo conduzido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), apura suspeitas de crimes graves, como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil e produção de conteúdos com conotação sexual envolvendo adolescentes.
O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, do Tribunal de Justiça da Paraíba, justificou a prisão como “medida imprescindível” para proteger provas, garantir a instrução processual e evitar intimidação de testemunhas. Segundo a decisão, já havia registros de tentativas de coação, além de indícios de destruição e ocultação de documentos durante operações de busca e apreensão.
As investigações tiveram início ainda em 2024, a partir de denúncias de vizinhos de um condomínio de luxo em João Pessoa, onde adolescentes eram vistos em festas com consumo de álcool e comportamento sexualizado. Em outra frente, apura-se um possível esquema de emancipação irregular de menores em troca de presentes e aparelhos eletrônicos.
Repercussão após vídeo de Felca
O caso ganhou notoriedade nacional em 6 de agosto, quando o youtuber Felca, que possui mais de 6 milhões de inscritos, publicou um vídeo relatando as acusações contra Hytalo. Desde então, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais do influenciador, a desmonetização de conteúdos e a proibição de contato com os adolescentes mencionados.
O MPT já analisou mais de 50 vídeos e ouviu ao menos 15 depoimentos relacionados à atuação do influenciador.
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